Os Estados Unidos desistiriam de intervir militarmente na Síria se o presidente Bashar al Assad entregasse todas as suas armas químicas no prazo de uma semana, afirmou nesta segunda-feira (09/09) em Londres o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Em uma entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, realizada na sede do Foreign Office, Kerry também fez questão de ressaltar que tem certeza que o governo sírio não entregará suas armas.
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A Síria pode evitar um ataque “entregando cada uma das armas químicas à comunidade internacional na próxima semana”, mas Assad “não vai fazer” isso, declarou Kerry.
Agência Efe
Manifestação em favor do presidente sírio em Damasco, nesta segunda-feira
Para o secretário de Estado, o objetivo de uma intervenção é fazer com que Assad “preste contas” e impedir que atrocidades desta magnitude “voltem a ocorrer” em outros países. Segundo Kerry, se não houver um ataque à Síria, o Assad também poderia voltar a utilizar as armas químicas contra população.
Kerry encerra hoje a viagem europeia que realizou para tentar obter apoios à eventual ação militar na Síria, em resposta ao ataque químico do último dia 21 de agosto em Damasco, no qual os EUA acusam o governo sírio de ter utilizado gás sarin.
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A Rússia, que, ao lado da China, tem vetado qualquer operação por meio do Conselho de Segurança da ONU, não se mostrou convencida das provas apresentadas por Washington e defende uma solução política. No domingo (08/09), os chanceleres russo e sírio se reuniram para defender uma alternativa pacífica à guerra civil no país árabe, que já dura mais de dois anos e deixou cerca de 100 mil mortos.
Obama deve fazer hoje novo discurso em favor de um ataque “limitado” à Síria, com duração de poucos dias e sem o envio de soldados ao país de Assad. O Congresso dos EUA volta de recesso nesta semana, quando deve votar a proposta de intervenção militar.