O presidente americano, Barack Obama, declarou durante cerimônia de homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro, que completa nove anos neste sábado (11/9), que os Estados Unidos “não estão e nunca estarão em guerra contra o Islã”.
A declaração foi feita durante cerimônia no Pentágono, próximo a Washington. Obama afirmou que o verdadeiro inimigo é a rede terrorista da al-Qaeda, autora confessa dos atentados. “Não foi uma religião que nos atacou naquele dia, há nove anos, foi a al-Qaeda”, disse, no local onde caiu um dos aviões sequestrados pelos terroristas, matando 184 pessoas.
Efe
Familiares de vítimas do 11 de Setembro participam de cerimônia em Nova York
O pedido por tolerância religiosa vem após a tensão provocada no país pelo debate em torno da construção de uma mesquita próximo ao local onde ficavam as torres gêmeas, em Nova York, e pela ameaça de Terry Jones, pastor da Flórida, que disse que queimaria hoje exemplares do livro sagrado do Alcorão, em protesto contra o projeto da mesquita.
Mais cedo, Obama enviou uma mensagem por meio de programa de rádio. “Se há uma lição a se tirar neste aniversário, é esta: nós somos uma nação – um povo – unido não apenas pela dor, mas por um conjunto de ideais comuns. E contribuindo de volta às nossas comunidades, servindo as pessoas em necessidade, nós reafirmamos os nossos ideais e desafiamos quem nos faria mal. Nós provamos que o senso de responsabilidade que sentimos um pelo outro não era uma paixão passageira, mas uma virtude duradoura”, disse Obama.
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“Nunca vamos hesitar na defesa do país. Renovamos nosso compromisso com nossos soldados e com todos que servem este país e suas famílias. Mas também renovamos o verdadeiro espírito daquele dia: não a capacidade humana para o mal, mas para o bem; não o desejo de destruir, mas o impulso para salvar”.
Cerimônias
O aniversário do 11 de Setembro é marcado por cerimônias nacionais em homenagem às vítimas dos ataques terroristas. Obama e a primeira-dama, Michele Obama, participam de solenidades em Washington e Shanksville, Pensilvania, em memória das vítimas dos aviões sequestrados que caíram sobre o Pentágono e em um campo rural em 2001.
Em Nova York, há a tradicional leitura dos nomes das vítimas que morreram nas torres gêmeas do World Trade Center. O vice-presidente Joe Biden acompanhou a cerimônia em NY.
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