O deputado da Assembleia Nacional da Venezuela David Paravisini disse nesta terça-feira (22/01) que os Estados Unidos pressionam os países da Europa a receberem e apoiarem o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, em sua turnê europeia.
“O governo dos EUA faz o “ridículo” ao pressionar os outros países a receberem o opositor Juan Guaidó em uma suposta turnê internacional, onde lhe serão ditadas as orientações da política de agressão contra a Venezuela”, afirmou Paravisini à Sputnik.
No domingo (19/01), Guaidó saiu clandestinamente da Venezuela para a Colômbia, onde foi recebido pelo presidente do país, Iván Duque.
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“O ‘ridículo’ da diplomacia mundial está sendo escrito com os EUA levando países a cometer barbaridades. Esses países estão seguindo cegamente os Estados Unidos nessa aventura, estão levando [Guaidó] para lhe dizer qual será a nova política de agressão que vai ser aplicada aqui”, disse.
Nesta segunda (20/01), Guaidó participou da Cúpula Hemisférica na Luta contra o Terrorismo, em Bogotá, capital colombiana, enquanto na terça-feira (21/01) viajou para a Europa onde realizou uma reunião com o chanceler do Reino Unido, Dominic Raab, que lhe manifestou o apoio do governo britânico.
Em relação ao encontro, Paravisini expressou que a atuação dos países que receberão o líder da oposição venezuelana “são medidas destinadas a tentar pressionar a Venezuela e o presidente Nicolás Maduro”.
Reprodução
Juan Guaidó e Mike Pompeo em encontro na capital colombiana
Vale destacar que, em janeiro de ano passado, o Supremo Tribunal de Justiça ordenou a proibição de saída de Guaidó do país, devido às investigações que o Órgão iniciou contra ele após o opositor se autoproclamar presidente interino do país latino-americano.
Para o parlamentar, Washington busca recompor sua política contra a Venezuela, perante as constantes derrotas que tem sofrido na sua tentativa de afastar Maduro do poder.
“Isto acontece diante do fracasso da política de Washington de resolver a questão do governo revolucionário da Venezuela […] e não tem a ver apenas com fracasso do esforço feito em tudo o que disseram, que tinham várias opções em cima da mesa. Os EUA não têm nenhuma opção sobre a mesa exceto manter as pressões financeiras”, argumentou.
Paravisini disse que a “diplomacia de paz” de Maduro arruinou as medidas com as quais os Estados Unidos tinham previsto atacar este país sul-americano.
Esta é já a segunda vez que Guaidó sai do país para a Colômbia, violando a proibição imposta pelo Tribunal Supremo de Justiça.
Nesta segunda turnê internacional, o autoproclamado presidente da Venezuela ainda pretende visitar Bruxelas, onde deve se encontrar com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e seguir para Davos, na Suíça, no Fórum Econômico Mundial.
As viagens devem se encerrar em Madri, onde está prevista uma reunião com a ministra de Relações Exteriores, Arancha González Laya, segundo informações da agência de notícias RFI.
(*) Com Sputnik.