A direção da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos realizou, durante o mês de julho, 212.672 detenções de imigrantes na fronteira com o México, sendo o maior número registrado nos últimos 21 anos.
Nesta quinta-feira (12/08), o secretário de Segurança Interna norte-americano, Alejandro Mayorkas, confirmou a informação e avaliou o cenário como “sem precedentes”, atribuindo o aumento das detenções na fronteira à gestão de Donald Trump.
Segundo ele, a situação “se tornou mais difícil devido ao fato de que a administração anterior desmantelou nosso sistema de asilo”.
“É fundamental que futuros migrantes entendam claramente que serão devolvidos se entrarem nos Estados Unidos ilegalmente e não tiverem base para assistência de acordo com nossas leis”, declarou Mayorkas.
We’re facing a serious challenge at our Southern border, and the challenge is of course made more acute, more difficult because of the COVID-19 pandemic. It has also been made more difficult because of the fact that the prior administration dismantled our asylum system.
— Secretary Alejandro Mayorkas (@SecMayorkas) August 12, 2021
Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA
Números de detenção em julho foi 18% maior em comparação com o mês anterior
Entre junho e julho deste ano, houve um aumento de 13% no total de pessoas que tentaram entrar no país. O número é recorde, ainda maior do que o alcançado em março, quando foi feito um alarme devido à superlotação das fronteiras para as quais menores de idade são encaminhados.
Cerca de 19 mil detidos eram crianças desacompanhadas, o que também representa um registro histórico. Entre os detidos, a maioria são adultos solteiros. Outros 82 mil são membros de núcleos familiares.
Embora o governo do presidente Joe Biden tenha prometido que qualquer imigrante em busca de asilo político nos EUA teria a oportunidade de defender seu caso perante um tribunal norte-americano, organizações de direitos humanos e ativistas denunciam que isso não está acontecendo e que o tempo de detenção de imigrantes é prolongado “excessivamente”.
(*) Com Telesur.