Os Estados Unidos começaram a segunda-feira (11/09) prestando homenagem aos quase 3.000 mortos nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, os piores na história do país, organizados pelos extremistas radicais da Al-Qaeda em Nova York, perto de Washington e na Pensilvânia.
A vice-presidente Kamala Harris, o atual e ex-prefeitos de Nova York se reuniram com a multidão perto do imponente memorial em homenagem às vítimas, no sul de Manhattan. Houve um minuto de silêncio para marcar os momentos exatos em que quatro aviões sequestrados por comandos islâmicos caíram, e quando as duas torres do World Trade Center (WTC) desabaram numa nuvem de aço e poeira.
O presidente americano Joe Biden divulgou um vídeo sobre o ato, gravado em Anchorage, no Alasca, enquanto retornava de uma viagem ao Vietnã.
Como acontece todos os anos nesta data, os nomes das 2.753 pessoas que morreram nas torres gêmeas foram lidos durante três ou quatro horas por membros de suas famílias, incluindo adolescentes que ainda não haviam nascido naquele desastroso 11 de setembro de 2001.
“Eu realmente gostaria de ter conhecido você. Cada um de nós da família sente a sua falta. Nunca esqueceremos”, sussurrou o neto do bombeiro Allan Tarasiewicz, morto, entre outros 342 bombeiros, ao intervir nas torres do WTC.
No Pentágono, perto da capital federal, Washington, onde um comando da Al-Qaeda lançou um avião contra uma parte do edifício do Departamento de Defesa, a Marinha fez soar a sirene de um navio para homenagear os 184 mortos.
Twitter / Kamala Harris
Vice-presente dos Estados Unidos, vestida toda de preto, encabeçou cerimônia que recordou as vítimas do 11 de setembro de 2001 nos EUA
Da mesma forma, na Pensilvânia, as sirenes soaram para o quarto acidente de avião, que matou 40 passageiros e tripulantes.
‘Uma nação em guerra’
“O 11 de setembro fez da América uma nação em guerra e centenas de milhares de pessoas foram mobilizadas para servir o nosso país uniformizadas”, disse o ministro da Defesa, Lloyd Austin, referindo-se às duas guerras do Afeganistão e do Iraque, lançadas em outubro de 2001 e março de 2003 pelo então presidente George W. Bush.
Os ataques de 11 de setembro deixaram um total de 2.977 mortos (incluindo 2.753 no WTC) e quase 6.300 feridos, segundo um relatório oficial.
Na sexta-feira (08/09), a perícia forense de Nova York informou que uma mulher e um homem mortos nas torres gêmeas puderam ser identificados usando DNA, elevando o número de mortos identificados nas torres para 1.649. Os nomes não foram revelados a pedido das famílias.
Quando a Torre Sul e depois a Torre Norte do World Trade Center desabaram após o ataque, a violência do fogo, aço e poeira foi tamanha que nenhum vestígio de DNA das centenas de mortos foi encontrado. As duas novas identificações foram possíveis graças à “tecnologia de sequenciamento de última geração adotada recentemente – mais sensível e mais rápida do que as técnicas convencionais de DNA” e usada especialmente pelo exército dos Estados Unidos, explica o Escritório de Medicina Legal de Nova York (OCME, na sigla em inglês).
Restam ainda 1.104 vítimas não identificadas dos ataques jihadistas.