Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, anunciou, na noite da última terça-feira (15/11), que é pré-candidato novamente ao cargo para as eleições de 2024, durante uma coletiva de imprensa em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida.
Sem apoio do Partido Republicano e tentando evitar o inquérito do Congresso norte-americano que investiga a invasão do Capitólio, Trump afirmou que “o retorno dos Estados Unidos começa hoje”, completando: “Vamos fazer a os Estados Unidos serem grandes de novo”.
Além do discurso, os assessores do político republicano anunciaram na terça-feira (15/11) que os documentos formais para a candidatura já foram apresentados para a Comissão Eleitoral Federal norte-americana.
Durante a fala, o republicano ainda atacou o atual presidente do país, Joe Biden – que o derrotou nas urnas em 2020 – afirmando que os Estados Unidos estão sendo “humilhados” por conta da guerra na Ucrânia. Ao rebater a afirmação, Biden disse que seu antigo adversário “traiu” a nação.
Trump anuncia sua candidatura em um momento de tensão com a sigla republicana, após a derrota de seu partido nas eleições de meio termo, que ocorreram em 8 de novembro. Embora fosse esperado que houvesse uma “onda vermelha”, os resultados favoreceram os democratas.
Gage Skidmore
Assessores do político republicano anunciaram que documentos formais para candidatura já foram apresentados para Comissão Eleitoral Federal
Com isso, o controle do Senado dos Estados Unidos sai do alcance do Partido Republicano. Dentro da Câmara dos Representantes, o caso é semelhante: o partido de Trump precisa de mais um assento para formar a maioria.
Muitos membros da legenda estão culpando a reputação do ex-presidente pelo resultado fraco do partido – incluindo seu ex-vice, Mike Pence, que tem se afastado da imagem de Trump.
Agora, Trump deve vencer as prévias do Partido Republicano para conseguir a indicação e disputar a Presidência de fato.
Entre seus principais concorrentes, devem estar o reeleito governador da Flórida, Ron DeSantis, que obteve quase 60% dos votos durante as eleições de novembro e tem apoio declarado de vários grandes financiadores da sigla, e o também reeleito líder do Texas, Greg Abbott, que obteve quase 55% dos votos em seu estado.