Quarta-feira, 16 de julho de 2025
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O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, disse nesta quarta (13/01) que o Senado vai julgar o impeachment de Donald Trump, aprovado nesta tarde pela Câmara, somente depois da posse do presidente eleito Joe Biden. O processo pode continuar mesmo com Trump já fora da presidência.

“Dadas as regras, os procedimentos e os precedentes do Senado que governam julgamentos de impeachment presidenciais, simplesmente não há chance de um julgamento justo ou sério ser concluído antes de o presidente eleito Biden ser empossado na semana que vem. O Senado já julgou três impeachments. Eles duraram, 83, 37 e 21 dias, respectivamente”, disse McConnell, em nota.

“Mesmo se o processo no Senado se iniciasse nesta semana e corresse normalmente, nenhum veredicto final poderia ser alcançado até depois de Trump deixar o cargo. Isso não é uma decisão que estou tomando: é um fato. O próprio presidente eleito afirmou na semana que passada que sua posse em 20 de janeiro é o caminho ‘mais rápido’ para mudar o ocupante da presidência”, prosseguiu.

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Como líder da maioria republicana, McConnell tem o poder de pautar matérias e, por isso, coordena os trabalhos do Senado. Quando os dois senadores eleitos pela Geórgia em janeiro tomarem posse, o republicano vai se tornar líder de minoria e perder essa prerrogativa, que será exercida pelo senador democrata Chuck Schumer.

Anúncio foi feito pelo líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell; processo pode continuar mesmo com Trump fora do cargo

Casa Branca

Impeachment de Trump no Senado só será julgado depois da posse de Biden

E, no Senado, ainda existe a possibilidade de que Trump seja proibido de se candidatar novamente. Para aprovar o impeachment, é necessário haver 67 votos a favor, 2/3 da Casa; para Trump perder os direitos políticos, basta maioria simples. A partir deste mês, os democratas terão maioria simples exata e poderão sancionar futuras candidaturas do presidente caso ele seja impedido.

Votação na Câmara

Nesta quarta, a Câmara dos Representantes aprovou um novo impeachment de Trump – o segundo do mandato – com votos de democratas (que controlam a Casa) e de republicanos. Ele não será afastado imediatamente, já que cabe ao Senado fazer o julgamento final. Trump está sendo acusado de “incitação a insurreição” por ter estimulado extremistas a invadirem o Capitólio na semana passada.

Foram 232 votos a favor e 197 contra. Dez republicanos se juntaram a 222 democratas para impedir o presidente, no impeachment com maior apoio bipartidário no passado recente. Quatro deputados não votaram.

No primeiro impeachment de Trump, em 2019, todos os republicanos votaram a favor do presidente. Com o resultado, ele vira o primeiro mandatário da história norte-americana a sofrer dois impeachments durante o mandato.