O Departamento de Transportes dos Estados Unidos autorizou a retomada dos voos de e para Cuba que haviam sido proibidos em 2019, durante o governo de Donald Trump, a partir do próximo dia 16 de junho. A informação foi revelada nesta terça-feira (14/06) pela agência de notícias cubana Prensa Latina.
A companhia cubana de aeroportos e serviços aeroportuários (Ecasa) já publicou em seu canal Telegram os horários dos primeiros voos programados nos aeroportos internacionais Abel Santamaría, de Santa Clara, Ignacio Agromonte, de Camaguey, Frank Pais, de Holguín, e Antonio Maceo, de Santiago de Cuba.
A flexibilização diz respeito às viagens de pessoas que visitam Cuba por motivos culturais, profissionais, econômicos ou de conferências, mas não para indivíduos com passagens destinadas, por exemplo, para atividades turísticas.
Em maio passado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que suspenderia algumas das 243 medidas restritivas adotadas contra Cuba durante o mandato de Trump, e que o mandatário atual manteve após sua posse em janeiro de 2021.
Na ocasião, o governo norte-americano emitiu a ordem a pedido do secretário de Estado, Antony Blinken, que disse que a ação era “em apoio ao povo cubano e aos interesses da política externa dos EUA”, principalmente para facilitar os procedimentos de imigração, transferência de dinheiro e voos para a ilha, uma decisão aplaudida por Havana.
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Proibição havia sido tomada por governo Trump em 2019 junto de mais de 240 medidas coercitivas
O anúncio do restabelecimento de voos foi feito há um mês, em 16 de maio, quando Biden anunciou também a eliminação dos limites de remessas de mil dólares por trimestre à ilha socialista, medida adotada por Trump.
Na ocasião, o mandatário norte-americano disse ainda que o programa de reunificação familiar que estava suspenso há anos será restabelecido, assim como o aumento dos serviços consulares para facilitar as viagens a Cuba.
Havana classificou tais medidas como “positivas, mas de alcance muito limitado”. “A decisão não modifica o bloqueio, a inclusão fraudulenta na lista de países que patrocinam o terrorismo, ou a maioria de medidas coercivas de pressão máxima de Trump que ainda afetam o povo cubano”, declarou o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
Em 2019 e 2020, Trump endureceu o embargo econômico que os Estados Unidos aplicam a Cuba desde 1962 com o objetivo de forçar uma mudança de regime, revertendo a pequena abertura promovida por seu antecessor Barack Obama (2009-2017).
(*) Com Ansa.