O ex-presidente da Bolívia Evo Morales viajou nesta segunda-feira (10/02) a Cuba para realizar um tratamento médico. Esta é a segunda vez que o ex-mandatário viaja à ilha para cuidar de sua saúde desde o golpe de Estado que forçou sua renúncia em novembro de 2019.
Exilado na Argentina, Evo deve retornar a Buenos Aires no próximo final de semana. Em entrevista à rádio Continental, o presidente argentino Alberto Fernández disse estar ciente da viagem do ex-presidente boliviano e assegurou que deixar o país é um direito de Evo.
“Ele falou comigo dias atrás e comentou algo [sobre a viagem]. Nada o impede de, como refugiado político, ir a Cuba. Evo é um refugiado político na Argentina e, como tal, tem uma série de direitos que pode exercer”, disse Fernández.
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Em 2017, Morales também viajou a Cuba para tratar de um nódulo nas cordas vocais.
Candidaturas em observação
Na noite deste domingo (09/02), o Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia colocou as candidaturas de Evo e do ex-chanceler Diego Pary ao Senado em observação devido a “falta de documentação necessária”.
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Esta é a segunda viagem que o ex-presidente da Bolívia faz a Havana desde o golpe de Estado de novembro de 2019 que forçou sua renúncia
As candidaturas à presidência de Luis Arce e David Choquehuanca também foram suspensas pela ausência de “documento de antecedentes criminais”, segundo o TSE. Todas essas candidaturas são do MAS, partido de Evo.
O processo eleitoral na Bolívia, que culminará no pleito do dia 3 de maio, é marcado por uma escalada autoritária do governo da presidente autoproclamada Jeanine Áñez, que já prendeu diversos militantes e lideranças políticas do MAS. Ex-ministros do governo de Evo estão refugiados na embaixada do México desde o dia 10 de novembro, quando forças militares e da direita deram um golpe de Estado que forçou a renúncia de Morales.