O economista e ex-ministro da Fazenda Rodrigo Chaves, do Partido Progresso Social Democrático, é o novo presidente da Costa Rica. Ele bateu José María Figueres, do Partido Liberação Nacional, na votação do segundo turno das eleições presidenciais, ocorridas no último domingo (03/04).
Chaves havia ficado em segundo lugar no primeiro turno e as pesquisas de intenção de voto não o colocavam como favorito para o pleito.
Com 98,15% das urnas apuradas, Chaves conseguiu 52,8% dos votos contra 47,15% de Figueres. O índice de abstenção da eleição foi de 43,2% e foram registrados 1,92 milhão de votos válidos, afirmam as autoridades eleitorais do país da América Central.
Em seu discurso de vitória, Chaves prometeu “mudanças” na forma de governar o país e disse que buscará um mandato com “transparência, eficiência e austeridade, mas também com solidariedade para com as pessoas mais vulneráveis do nosso país”.
Com 19 cadeiras em 57 possíveis, o Partido Liberação Nacional, do derrotado Figueres, terá a maior bancada no Congresso. A segunda força no Legislativo será o partido do novo presidente, com 10 deputados eleitos. Esta foi a primeira eleição do Partido Progresso Social Democrático e também de seu líder, Rodrigo Chaves.
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Com 98,15% das urnas apuradas, Chaves conseguiu 52,8% dos votos na Costa Rica
Ministro da Fazenda em 2019 e 2020, Chaves deixou o cargo no governo em maio daquele ano por discordâncias “irreconciliáveis” com o atual chefe de Estado, Carlos Alvarado Quesada. Antes, entre 2008 e 2013, exerceu a função de diretor do Banco Mundial, de onde saiu por denúncias de abuso sexual.
O atual presidente deixa o cargo com reprovação de 72% entre a população, de acordo um estudo do Centro de Investigação e Estudos Políticos realizado em novembro.
Figueres, que era apontado como favorito, perde para Chaves como cabeça de um partido de centro-esquerda. Ele já havia ocupado o cargo entre 1994 e 1998.