O ex-ditador da Guatemala Efrain Ríos Montt, de 85 anos, será julgado sob as acusações de genocídio e crimes contra a humanidade durante o período em que governou o país, de 1982 a 1983.
A juíza titular do Juizado Primeiro de Alto Risco, Patrícia Flores, afirmou que a promotoria do caso apresentou provas decisivas para que a decisão fosse tomada. No entanto, a magistrada determinou que Montt poderá ficar em prisão domiciliar por conta da sua idade e pela ausência do perigo de fuga.
O Ministério Publico do país tem até o dia 17 de março para apresentar a conclusão da investigação. A partir daí, a Justiça decidirá se levará ou não o ex-ditador a julgamento.
De acordo com a acusação do processo, foi durante o regime de Montt que onze massacres foram cometidos, causando a morte de mais de 1,7 mil indígenas da etnia maia Ixil.
A promotoria acusou Montt de ter sido negligente durante as ações de soldados que estupravam, torturavam e matavam os membros da etnia. Já a defesa do ex-chefe de governo alegou que Montt não controlou as operações que resultaram no massacre e, por isso, não pode ser responsabilizado pelos atos.
A guerra civil no país durou de 1960 a 1996, causando quase 250 mil mortos e desaparecidos. Os conflitos terminaram apenas após um acordo de cessar-fogo entre o governo do país e os grupos de oposição.
NULL
NULL
NULL