O ex-ditador uruguaio Gregorio Alvarez (1981-1985) foi colocado neste sábado (19/01) em uma sela separada por causa de sua má relação com outros detentos. Ele cumpre pena por violações dos direitos humanos em um cárcere militar.
A sela tem comodidades básicas para que Alvarez fique longe dos outros prisioneiros, possa ser visitado por familiares e amigos e manter a sua privacidade, informou o jornal uruguaio La República. O ex-ditador passa boa parte de seu tempo com outros prisioneiros militares que têm bom relacionamento.
O ministro do Interior, Eduardo Bonomi, informou há três meses que muitos dos oficiais presos acusam Alvarez, de 87 anos , de “maus-tratos” e de tentar impor a hierarquia que tinha durante a ditadura, especialmente àqueles com cargos menores.
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Bonomi disse que o ex-ditador tem uma “péssima” relação com o resto dos prisioneiros, e até mesmo pediu para ser transferido para outro cárcere, mas o pedido foi negado pelo Ministério do Interior.
Alvarez, chefe do exército em 1978 e 1979 e presidente de fato de 1981 a 1985, está sendo mantido em uma prisão militar nos arredores de Montevidéu, desde dezembro de 2007, pelo crime de “desaparecimento forçado”, onde prisioneiros eram transferidos ilegalmente para Buenos Aires e que, em seguida, teria sido assassinados.