Seis dos oito candidatos que disputam a sucessão do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, sobreviveram à primeira votação para eleger o novo líder do Partido Conservador, nesta quarta-feira (13/07).
O pleito foi realizado entre os mais de 350 deputados “tories”, e cada postulante precisava obter pelo menos 30 votos para seguir adiante.
O primeiro lugar ficou com o ex-secretário do Tesouro Rishi Sunak, com 88 votos, seguido pela ex-secretária de Defesa Penny Mordaunt (67) e pela secretária de Relações Exteriores, Liz Truss (50).
Sunak deflagrou a onda de renúncias que levaria à queda de Johnson e tem como principal plataforma a responsabilidade fiscal, com cortes de impostos apenas quando as contas públicas se recuperarem da pandemia.
Ainda na primeira votação, a ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch obteve 40 votos, enquanto o deputado Tom Tugendhat e a advogada-geral Suella Braverman ficaram com 37 e 32, respectivamente.
Por sua vez, o chanceler do Tesouro, Nadhim Zahawi (25), e o deputado Jeremy Hunt (18) não alcançaram o mínimo de 30 votos necessário para seguir na disputa.
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Ex-secretário do Tesouro britânico Rishi Sunak obteve 88 votos na primeira votação para eleger o novo líder do Partido Conservador
Votação segue entre os Conservadores
A segunda votação acontece nesta quinta-feira (14/07) e não terá mais cláusula de barreira, porém o candidato com menos votos será eliminado. Esse sistema permanecerá até que restem apenas dois postulantes, que disputarão uma eleição entre todos os filiados do Partido Conservador.
Como os “tories” têm maioria na Câmara dos Comuns, o vencedor da corrida eleitoral será automaticamente indicado ao cargo de primeiro-ministro, provavelmente em 5 de setembro, no fim das férias de verão do Parlamento.
Johnson abdicou da liderança do Partido Conservador após uma série de renúncias em seu gabinete por conta de um escândalo sexual protagonizado por um de seus aliados mais próximos, o deputado Chris Pincher.
Antes disso, no entanto, a popularidade do premiê já havia sido abalada pelo “Partygate”, escândalo da participação de membros do governo britânico, incluindo o próprio Johnson, em confraternizações durante períodos de lockdown contra a pandemia de covid-19.
(*) Com Ansa.