O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden foi acusado nesta terça-feira (02/04), pela segunda vez em menos de três dias, de ter tocado de forma inapropriada uma mulher em 2009.

Amy Lappos é uma antiga assessora de um deputado democrata e relata que estava na cozinha de um evento para arrecadar fundos para campanha em Greenwich, no estado de Connecticut, quando o episódio aconteceu. 

“Não foi algo sexual, mas ele me agarrou pela cabeça. Ele colocou suas mãos ao redor do meu pescoço e me puxou para roçar narizes comigo. Quando ele me puxou, pensei que ele iria me beijar na boca”, explicou Lappos.

Biden, na época, era vice-presidente de Barack Obama. De acordo com o relato, o democrata foi ao local em que Lappos estava para agradecer o trabalho prestado pelos assessores. 

A assessora afirma que não havia feito nenhuma denúncia pois “não era ninguém”, enquanto Biden era o vice-presidente dos EUA.

“Há uma linha de decência. Há uma linha de respeito. E cruzar esta linha não é “coisa de avô”. Não é cultural. Não é afeto. É sexismo ou misoginia”, denuncia Lappos.

Na sexta-feira (29/03), Lucy Flores, candidata a vice-governadora de Nevada em 2014, fez a primeira acusação de assédio contra Biden. Flores diz que o ex-vice beijou sua nuca em um evento da campanha. Ela considerou o comportamento “desqualificante” para um pré-candidato à presidência

Biden estuda lançar sua candidatura à sucessão do presidente Donald Trump. O nome de Biden tem liderado as pesquisas de intenção de votos dentro do partido Democrata.

“Não agi de forma inapropriada”, diz Biden

O norte-americano se manifestou e declarou ser inocente das acusações que foram feitas. Ele afirmou que não acredita que tenha agido de forma inapropriada.

“Durante muitos anos de campanha e de vida pública, dei inúmeros apertos de mão, abraços, expressões de afeto, de apoio e de consolo. Nem uma só vez, nunca, pensei ter atuado de maneira inapropriada. Se é sugerido que este é o caso, vou escutar respeitosamente. Mas jamais foi a minha intenção”, afirmou em nota o candidato. 

Em resposta às denúncias, o porta-voz do democrata, Bill Russo, disse que as “difamações e falsificações existem há algum tempo na obscuridade da internet”.