As Forças Armadas do Egito apresentaram um pedido de desculpas nesta quinta-feira (24/11) pelas mortes registradas na violenta repressão das forças de segurança contra manifestantes que protestam pelo fim do poder militar. Manifestantes na Praça Tahrir disseram que uma trégua havia sido estabelecida à meia-noite. Ao amanhecer, a área estava tranquila pela primeira vez em dias.
Em um comunicado publicado em sua página no Facebook, o Conselho Superior das Forças Armadas (CSFA) “lamenta e apresenta suas profundas desculpas pela morte como mártires de filhos leais ao Egito nos recentes acontecimentos da Praça Tahrir” e rometeu uma rápida investigação para descobrir quem estava por trás dos incidentes.
Conforme noticiou a agência Reuters, manifestantes montaram uma barricada na rua de acesso ao Ministério do Interior, foco de grande parte da violência. Barreiras semelhantes firam feiras para bloquear o acesso à rua Mohamed Mahmoud, local de repetidos confrontos.
Os confrontos iniciados sábado (19/11) no Cairo e em outras cidades deixaram 35 mortos, segundo dados oficiais, a maioria na Praça Tahrir, no centro da capital egípcia.
Mas, nas ruas, a população mantém a desconfiança em relação aos militares. Para os manifestantes, a Junta Militar mantém vínculos com o antigo governo do ex-presidente Hosni Mubarak – que renunciou em 11 de março deste ano sendo substituído pelos militares. Em cafés e restaurantes, há informações de que os militares manterão o domínio sobre o país, mesmo após a eleição de um governo civil.
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