O Exército egípcio intensificou nas últimas
horas sua presença na fronteira com a Líbia, após a violenta repressão
contra as manifestações que exigem no país a queda do regime do líder
líbio, Muammar Kadafi.
A passagem fronteiriça de Al Salum está
aberta 24 horas para permitir o retorno dos egípcios a seu país, disse
nesta terça-feira à Agência Efe uma fonte do escritório de imprensa do
Conselho Supremo das Forças Armadas egípcias.
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Além disso, o
Exército egípcio enviou à Líbia dois aviões para transferir seus
cidadãos e instalou tendas de campanha perto da fronteira para acolher
os que chegarem procedentes do país vizinho.
As Forças Armadas
oferecem ainda meios de transporte aos egípcios que chegam à fronteira
para levá-los a diferentes pontos dentro de seu país.
Segundo
um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores egípcio, dois
cidadãos do país morreram após serem baleados na Líbia.
Na
nota, que cita o assessor do ministro para os Assuntos Consulares,
Mohammed Abdel Hakam, as duas vítimas são identificadas como Metwali
Metwali Omar Bazini e Ayman Rezq Abdel Zaher.
Hakam assegurou
que seu Ministério está em comunicação contínua com a embaixada egípcia
em Trípoli e com o consulado em Benghazi para obter a evacuação segura
dos cidadãos egípcios.
Segundo Hakam, quatro mil egípcios
chegaram à cidade egípcia de Al Salum provenientes da Líbia e outros 260
voltaram a seu país por via aérea.
O assessor do ministro de
Exteriores assegurou que irá aumentar o número de aviões das linhas
aéreas egípcias a Trípoli para evacuar mais cidadãos.
Na
segunda-feira, pelo menos 250 pessoas morreram em Trípoli nos
bombardeios da Força Aérea líbia contra os manifestantes que exigem a
queda do regime de Kadafi, segundo a emissora Al Jazira.
De
acordo com a organização Human Rights Watch, mais de duas centenas de
pessoas morreram desde a última quinta-feira em várias regiões da Líbia.
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