Dois ataques a bomba na capital de Uganda, Campala, mataram pelo menos 64 pessoas e deixaram 65 feridos. O atentado aconteceu enquanto centenas de pessoas assistiam à final da Copa do Mundo entre Espanha e Holanda em um restaurante e um clube esportivo, informaram autoridades locais nesta segunda-feira (12/7). A suspeita é de que militantes islâmicos da Somália estariam por trás do ataque.
Segundo a porta-voz da polícia local, Judith Nabakooba, a nacionalidade das vítimas ainda será divulgada, mas já se sabe que um norte-americano está entre os mortos.
Leia também:
Espanha
aproveita Copa do Mundo para esquecer crise econômica
Ligas
ricas e desgastantes afastam Inglaterra, Itália e México do título na
Copa
Até agora, nenhum grupo reivindicou autoria dos ataques. Segundo o exército de Uganda, as suspeitas são de que o Al Shabaaba teria cometido os ataques, já que a cabeça de um suposto membro do grupo foi encontrada no local atingido.
“Suspeitamos que seja o Al Shabaab, porque eles estão prometendo isso há tempos”, disse Felix Kulayigye, porta-voz do exército, entrevistado pela agência Efe. “Em um dos locais, os investigadores identificaram uma cabeça decepada de uma pessoa de nacionalidade somali. Suspeitamos que era um suicida”, completou.
O chefe da polícia ugandense, Kale Kaihura, também acredita que a autoria do atentado é do grupo islâmico. “Isto é um ato terrorista, isso está claro, e vocês conhecem as declarações de Al Shabaab e Al Qaeda”, disse Kaihura, segundo a Efe.
Reações
Em Washington, o presidente norte-americano, Barack Obama, lamentou o que chamou de atos “covardes”, anunciou em nota o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Mike Hammer. “O presidente está profundamente entristecido e envia condolências ao povo de Uganda e às famílias dos que morreram ou ficaram feridos”, disse.
Em seguida, a secretaria de Estado, Hillary Clinton, “condenou energicamente” os atentados. “Os Estados Unidos trabalharão com o governo ugandês para levar à Justiça os responsáveis por este crime”, disse Hillary.
O Al Shabaab é um grupo islâmico que atua originalmente na Somália e que afirma ter relações com a rede terrorista Al Qaeda. O grupo se opõem ao governo somali e ameaça atacar o país, pois é contra o envio de tropas de paz do Ocidente, que tem como pretexto ajudar o governo a organizar o país, há anos sem um governo estabelecido.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL