Anders Behring Breivik, norueguês de 32 anos, admitiu neste sábado (23/07), à polícia, ser o autor do duplo atentado em seu país que deixou pelo menos 92 mortos em Oslo e na ilha de Utoeya. Segundo seu advogado, que acompanhou o depoimento, ele afirmou que o massacre era “necessário”.
Breivik foi detido sem oferecer resistência na ilha de Utoeya. Ele é ligado a grupos de extrema-direita e fundamentalistas cristãos.
As informações foram passadas ao canal de televisão TV2 por Geir Lippestad, advogado conhecido por ter defendido famosos neonazistas. Segundo ele, Breivik prestou depoimento durante horas e afirmou que vai colaborar com as investigações.
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“Ele falou sobre a seriedade do assunto, a incrível quantidade de feridos e mortos. Sua reação foi assumir que era cruel executar esses assassinatos, mas, segundo ele, isto era necessário”, disse Lippestad.
Sobre o planejamento do duplo ataque, o advogado afirmou que o detido confessou os ter planejado “durante anos”.
No início da tarde de sexta-feira, um carro-bomba provocou a morte de sete pessoas no bairro governamental de Oslo, feriu dezenas e provocou sérios danos em quatro edifícios públicos. Não está confirmado se, nesse episódio, Breivik tenha contado com a ajuda de um cúmplice.
Reprodução/Facebook
Cerca de duas horas mais tarde, Breivik chegou até a ilha de Utoeya, onde estava sendo organizado um acampamento de jovens seguidores do Partido Trabalhista norueguês. Foi quando começou a disparar indiscriminadamente contra a multidão e matou pelo menos 85 pessoas. Ele teria tido uma hora e meia para executar suas vítimas, em sua maioria, adolescentes de 14 a 17 anos.
As forças de segurança acreditam que o número de mortos possa aumentar nas próximas horas, pois alguns corpos tanto em Oslo quanto em Utoeya ainda não foram encontrados.
Está previsto que o suspeito seja examinado no domingo por uma equipe de médicos e que, na segunda-feira, fique à disposição de um tribunal de Oslo.
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