Portugal terá 2.200 lugares a menos nas instituições privadas de ensino superior para o próximo ano letivo, que começa em setembro de 2013. Esse número representa 10% das vagas das faculdades do país. A informação foi revelada nesta terça-feira (11/06) pela direção geral do Ensino Superior português.
A medida foi tomada graças à diminuição da procura em relação à oferta nas faculdades lusitanas. Diversos cursos de graduação com baixa procura dos estudantes serão afetados pela medida e precisarão fechar as portas.
Segundo informações do portal TSF, as escolas politécnicas são as que terão mais cortes – 1.300 vagas no total. A Universidade Lusófona em Lisboa é a privada que mais corta – 465 vagas. No entanto, continua a ser a entidade fora do setor público com maior oferta do país.
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Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa: institutos públicos também poderão ser reduzidos
Segundo informações do jornal O Público, a redução mantém a tendência do ano letivo anterior – quando três mil vagas foram cortadas. Em entrevista à imprensa portuguesa, o presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado, João Redondo, afirma que a direção geral de Ensino Superior já havia solicitado que as instituições de ensino “ajustassem o número de vagas ao número de estudantes que procuram as vagas”.
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Do universo das 74 instituições que já definiram a oferta para o próximo ano letivo, apenas em duas há um aumento do número de vagas: no Instituto Superior de Gestão e no ISLA (Instituto Superior de Linguas e Administração), as duas em Lisboa.
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No final de maio, o governo de Portugal já havia anunciado novas regras para o funcionamento do ensino superior no país. A proposta do Ministério da Educação e Ciência estabelece que os cursos com “procura reduzida” no ano passado não poderão funcionar. O mínimo estipulado pelo governo é de 10 alunos.
Com a medida, mais de 200 cursos podem ser fechados também no próximo ano letivo. Ou seja, instituições de ensino superior que não tiveram esse número de estudantes no ano letivo de 2012 não vão poder abrir novas vagas.
As novas regras não diferenciam instituições públicas das privadas.
Os alunos que estão com o curso em andamento precisariam ser remanejados em salas com o mínimo de dez alunos ou serem transferidos para outras instituições de ensino.