A família do narcotraficante Pablo Escobar, morto em 1993, organizou, por módicos 30 dólares, um passeio turístico pela cidade de Medellín em que conta a história de um dos maiores criminosos da história da Colômbia.
A ideia é criar uma atração semelhante à “Gangster Tour”, em Chicago, nos Estados Unidos, que narra as trajetórias de mafiosos como Al Capone e John Dillinger.
Wikimedia Commons
O tour colombiano, percorrido através de vans, reconstitui os últimos dias da vida do fundador do Cartel de Medellín, a mais temida organização de tráfico de drogas no final do século XX. Em 1989, chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo pela Revista Forbes. A Justiça colombiana o vincula a assassinatos de cerca de dez mil pessoas,o que o tornou o criminoso mais procurado do mundo na década de 90.
A rota começa no bairro de Los Olivos, onde se encontra a casa em que as forças de segurança colombiana abateram Escobar – ou, segundo a guia turística, onde ele teria se suicidado com um tiro. A viagem segue até as ruínas do “Edifício Dallas”, onde ele operava seus negócios. É possível ver a inscrição “Pablo Vive” no imóvel, abandonado desde 1993 após um atentado organizado por seus concorrentes.
O tour termina no cemitério de Montesacro, onde se encontra enterrado sob uma lápide cujo epitáfio que diz: “Prefiro um túmulo na Colômbia do que uma prisão nos Estados Unidos”. O narcotraficante empreendeu uma guerra contra o Estado nos anos 1980 para evitar sua extradição ao país norte-americano.
Além disso, a viagem possibilita aos turistas interessados conhecerem Roberto Escobar, “El Osito”, irmão do traficante. Eles são avisados para fazerem perguntas com cautela, já que Roberto, que sofre com problemas de visão e audição após ter sido vítima de um ataque de uma carta-bomba quando se encontrava preso, justifica todos os atos cometidos pelo irmão.
Os familiares, que reclamam passar por dificuldades financeiras, também vendem filmes, quadros e outros souvenires do traficante, já que tiveram quase todos os seus bens tomados pelo Estado.
A iniciativa não é bem vista pelas autoridades locais e de parte da população de Medellín, que reage com indignação nas redes sociais.
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