As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) libertaram nesta quarta-feira (30/05) o jornalista francês Roméo Langlois, que estava há 32 dias no cativeiro. Ele foi entregue pela guerrilha à missão humanitária que negociava sua soltura.
“Nunca me amarraram, sempre fui tratado como uma visita. Me deram boa comida e foram muito respeitosos”, afirmou Langlois, em uma de suas primeiras declarações após ser libertado. Ele afirmou estar cansado, mas bem de saúde. As declarações foram dadas pela multiestatal Telesur.
Agência Efe/Reprodução
A missão foi formada pela CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), a ex-senadora Piedad Córdoba, e Jean-Baptiste Chauvin, que representava o governo francês, Jean-Baptiste Chauvin.
Para a operação de libertação, a delegação partiu na manhã da cidade de Florencia, no sul de Caquetá, para em San Isidro, no município Montañita, local onde Langlois foi libertado.
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O francês, que trabalha como freelancer para o canal France 24, havia sido capturado no final de abril, durante um confronto entre a guerrilha e militares colombianos, enquanto acompanhava uma operação de destruição de laboratórios de cocaína, em uma zona rural no Departamento de Caquetá.
Imprensa
O repórter aproveitou a ocasiã para, em espanhol, criticar a cobertura do conflito entre guerrilha e governo pela mídia colombiana e internacional. “O conflito não é coberto. Tomara que os jornalistas consigam entrar na região, mostrando os confrontos dos dois lados. O trabalho de um jornalista é cobrir todos os lados do conflito”.
O chefe da emissora France 24, Alain de Pouzihac, disse que a libertação de Langlois era um alívio. “As Farc também mantiveram sua palavra”, disse.
Governo
O presidente francês, François Hollande, também manifestou nesta quarta-feira (30/05) sua “grande alegria” pela libertação do jornalista Roméo Langlois. Ele agradeceu às autoridades colombianas pelas operações que resultaram no resgate.
“É um momento de grande alegria. Estou ao lado da felicidade e do alívio de sua família, de seus próximos, assim como à redação da France24”, declarou Hollande em comunicado. “Desejo agradecer especialmente a todos os que contribuíram para este feliz desfecho e, em particular, às autoridades colombianas e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha, cuja ajuda foi inestimável”, acrescentou o presidente.
Hollande lembrou que há diversos franceses reféns em outros lugares do mundo e afirmou que o governo de Paris “continua trabalhando sem descanso” para resolver cada caso.