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As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) afirmaram nesta quarta-feira (13/11) que estão esperando que o governo colombiano dê mais informações sobre o suposto plano da guerrilha para atacar o ex-presidente Álvaro Uribe.
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“Não temos nenhum comentário. Estamos esperando que se detalhe bem a informação”, afirmou Andrés Paris, membro da equipe negociadora das FARC no processo de paz com o governo de Juan Manuel Santos, atual presidente colombiano.
[FARC teriam plano de atentado contra ex-presidente Álvaro Uribe]
Ontem (12), o governo da Colômbia denunciou um suposto plano das FARC para matar Uribe. Também haveria ideias para “atentar contra a vida” do procurador-geral, Eduardo Montealegre.
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Uribe reagiu dizendo que “é preciso seguir nesta luta”, segundo declarações feitas à imprensa na saída de um ato político em Bogotá. Questionado sobre se será mais cuidadoso em seus deslocamentos, ele afirmou que sim, porque “precisa ser”. “Tenho um grande dever pela generosidade que os colombianos tiveram comigo, em oito anos no poder”.
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Negociações de paz
Se, por um lado, as FARC pediram mais detalhes antes de se pronunciar, por outro, o chefe negociador do governo, Humberto de la Calle, afirmou que a hipótese de um atentado contra Uribe e Montealegre é “inaceitável” e “destruiria” a viabilidade do processo de paz.
“Uma hipótese como essa é absolutamente inaceitável. Essa hipótese destruiria por completo a viabilidade do processo”, afirmou de la Calle. “Se em Havana falamos de tolerância, pluralismo, as FARC devem fornecer garantias de não agressão e não estigmatização. Não devemos esquecer que o objetivo das negociações é que essas ameaças desapareçam da face da Colômbia”.
Sobre a atuação do governo no caso, de la Calle disse que “foi feita com absoluta transparência”, sem falhas e informando “às possíveis vítimas”. Na terça, autoridades se encontraram com Uribe e Montealegre para informá-los sobre o suposto plano de atentado.
Uribe é o principal crítico do diálogo de paz entre o governo e as FARC, iniciado há um ano e com negociações ocorridas em Havana, capital de Cuba. Durante seu governo, o ex-presidente combateu duramente a guerrilha, a mais antiga da América Latina.