A ex-presidente Dilma Rousseff participou neste sábado (07/03) do I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, em Brasília, e rechaçou a submissão do governo Jair Bolsonaro em relação ao Estados Unidos ao “transformar o Brasil em mão armada contra a Venezuela”.
“O fascismo está conspirando para transformar o Brasil em mão armada contra a Venezuela. O fascismo que existe aqui, e existe também nos Estados Unidos, é aquele que mantém o bloqueio a Cuba”, disse Dilma.
A ex-mandatária discursou no evento e afirmou que o Brasil vive uma “escalada autoritária”, que, segundo Dilma, se pode caracterizar como neofacista. A petista declarou que o “fascismo é aquele que subordina os interesses do Brasil aos interesses de Trump”.
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“Eu queria aproveitar e trazer para vocês aqui a certeza que se não nos unirmos e não nos fortalecemos, nós não conseguiremos combater o avanço do fascismo. E não podemos deixar que isso aconteça”, afirmou.
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Dilma Rousseff discursou no I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, em Brasília
Na declaração, a ex-presidente recordou os retrocessos do governo Bolsonaro e afirmou que não somente o “aspecto neofacista” preocupa, mas também o “aspecto neoliberal”.
“Nós temos de ter clareza de que o neoliberalismo e o neofascismo são irmãos siameses. Não existe um sem o outro, e é este o caráter mais perverso deste autoritarismo que afeta todas nós”, disse.
Com uma plateia composta por mulheres e companheiras de militância, Dilma afirmou que as pautas de Bolsonaro são os ataques aos direitos, à soberania do Brasil, aos indígenas e “à entrega da Amazônia, a maior exploração de seus recurso naturais pelo governo neofacista de Jair Bolsonaro”.
“Nós não podemos deixar que nosso país tenha esse destino de ser submisso ao imperialismo. Somos muito grande para ser o quintal de alguém. Somos muito grande e com um povo muito forte para sermos submissos”, declarou a ex-presidente.
Na comemoração do Dia Internacional da Luta das Mulheres Trabalhadoras, Dilma afirmou que é nesse momento que a mulher tem um “papel fundamental”.
“Temos que buscar as forças de todos os movimentos sociais (…) principalmente com a luta feminista”, afirmou.