O FBI, órgão equivalente à Polícia Federal norte-americana, divulgou nesta quarta-feira (25/09) um vídeo que mostra o momento em que o autor dos tiros em um complexo da Marinha dos EUA, Aaron Alexis, entra no prédio e se prepara para atirar. Na semana passada, 13 morreram após o ataque.
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No vídeo, é possível ver Alexis entrando com um carro e andando pelos corredores do prédio com uma arma na mão. De acordo com o FBI, ele tinha acesso ao complexo por ter trabalhado lá, oportunidade em que ganhou um passe de entrada válido. As imagens são das câmeras de segurança do edifício.
Logo após o ataque, Alexis já era apontado pelo FBI como provável autor. Segundo o governo americano, ele “era uma pessoa solitária e sofria de transtornos psicológicos”. Além disso, em 2004, Alexis chegou a afirmar que presenciou os “trágicos eventos de 11 de setembro de 2001” e que isso o deixou “perturbado”. As Forças Armadas dos EUA também confirmaram que o ex-soldado sofreu com um passado violento, resultando na sua expulsão da Marinha em 2011.
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Segundo informações da AP, ele fazia tratamento psicológico desde agosto, financiado pela Administração dos Veteranos. Aaron apresentava sintomas de paranoia e insônia, além de ouvir vozes. Fontes citadas pelas agências Efe e AP disseram, no entanto, que ele não foi declarado “mentalmente incapaz”, o que teria revogado seu passe para acessar o complexo.
Ondas eletromagnéticas
O FBI disse que Alexis acreditava que era controlado por ondas eletromagnéticas e decidiu “pôr fim ao tormento” disparando indiscriminadamente.
Valerie Parlave, responsável do FBI para a área de Washington, revelou que as investigações mostraram que Alexis, funcionário terceirizado do Pentágono e ex-reservista, atuou sozinho e disparou indiscriminadamente contra os trabalhadores do Navy Yard.
Segundo ela, Alexis sofria de paranoia e achava que era controlado por “ondas eletromagnéticas de baixa frequência” (ELF), termo militar utilizado em comunicações de rádio. Para a oficial, o rapaz estava “preparado para morrer e aceitou a morte como consequência de seus atos”.
Reação
O presidente Barack Obama classificou a morte das 13 pessoas como “tragédia horrível”. “Mais um tiroteio em massa e um “ato covarde”, reiterou.
“Deixei claro para a minha equipe que quero que as autoridades locais e federais trabalhem juntas na investigação. E, quando essa investigação avançar, faremos tudo em nosso poder para nos certificarmos de que quem realizou este ato covarde seja tido como responsável”, afirmou Obama. Ele também incentivou os norte-americanos a rezar pelos familiares das vítimas porque “eles vão precisar do nosso amor e suporte”.