Com longas filas e princípio de tumulto registrado pela polícia, os bancos do Chipre voltaram a funcionar nesta quinta-feira(28/03). Momentos antes da abertura das agências, centenas de pessoas se apertavam na frente dos bancos, tentando garantir as primeiras posições na fila.
Mesmo com o pedido de calma do gerente do Banco Central, Yangos Dimitriu, afirmando que não existem motivos para confusão, milhares de cipriotas foram aos bancos na tentativa de garantir o maior números de saques. Com as restrições impostas pelo BCE (Banco Central Europeu), o temor da população é as contas bancárias sejam confiscadas.
Os bancos montaram um esquema de atendimento à população, mas muitos cipriotas ficaram confusos e insatisfeitos com as novas regras de funcionamento bancário. Um exemplo disso é que, mesmo com o limite de saque estipulado em 300 euros por dia, os correntistas tentaram retirar mais dinheiro de suas contas.
Agência Efe
População chegou cedo às agências bancárias, tentando garantir os primeiros lugares da fila
Após 12 dias de portas fechadas, os bancos voltaram a funcionar, tentando se adaptar às novas regras. Funcionários de todos as agências já tinham retornado no começo da manhã aos seus postos de trabalho e, até o momento da abertura, estavam sendo instruídos sobre as restrições impostas pelo período inicial de uma semana.
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Entre as medidas adotadas está um limite diário de saque de 5 mil euros para as empresas, para facilitar o pagamento de salários. Os valores dos cheques também não poderão ser sacados, apenas depositados em conta.
O pagamento com cartão de crédito não está sujeito a limitações dentro do país, mas sim no exterior, com um teto de 5 mil euros mensais. Além disso, está proibido sacar mais de 3 mil euros do país, seja mediante transferência bancária ou fisicamente, mas serão permitidas algumas exceções, como o pagamento a funcionários expatriados e a estudantes cipriotas no exterior (com um limite de 5 mil euro trimestrais, apenas enviados por familiares diretos).
Também não haverá restrições ao pagamento de faturas por importações, sempre e quando for apresentada a devida documentação. A liquidez de todos os bancos está garantida, pois, no fim da tarde de ontem, o BCE enviou quatro contêineres com 5 bilhões de euros em dinheiro
(*)Com agências internacionais