O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse na noite de domingo (6) que Honduras não poderá utilizar os 163 milhões de dólares em Direitos Especiais de Giro (SDR, na sigla em inglês) que fazem parte de um investimento mais amplo de 250 bilhões de dólares, em mais uma decisão que pressiona o governo golpista liderado por Roberto Micheletti.
“O presente regime de fato não poderá utilizar esses fundos até que se tome uma decisão sobre se o FMI lida com esse regime como o governo de Honduras”, informou o organismo e um comunicado. A emissão de SDRs procura fortalecer as reservas dos 186 países-membros do FMI.
Uma porta-voz do FMI disse à Agência Efe que o Fundo ainda não decidiu quando se reunirá para decidir se reconhece ou não o governo golpista, protagonista de um golpe de Estado que derrubou e expulsou do país o presidente Manuel Zelaya.
Digitais norte-americanas
Na semana passada, os Estados Unidos cortaram a ajuda ao governo de Honduras no valor de cerca de 22 milhões de dólares, negaram apoio às eleições no país, marcadas para novembro, e suspenderam os vistos dos integrantes da gestão golpista de Micheletti.
Os Estados Unidos, maiores parceiros comerciais de Honduras e destino de 70% das exportações do país caribenho são os principais acionistas do FMI.
Até o momento, os Estados Unidos cancelaram o auxílio militar de 16,5 milhões de dólares e suspenderam os vistos aos hondurenhos. Governos da América Latina e instituições internacionais como OEA (Organização dos Estados Americanos), BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Banco Mundial optaram por suspender a ajuda econômica a Honduras, o segundo país mais pobre do continente.
NULL
NULL
NULL