As Forças Armadas da Venezuela estão coesas como nunca antes, afirmou nesta quinta-feira (02/05) o presidente venezuelano Nicolás Maduro perante militares no Forte Tiuna, sede do poder militar em Caracas – e onde se realiza uma marcha militar.
“Chegou a hora de lutar, chegou a hora de dar um exemplo à história e ao mundo e dizer que na Venezuela existem umas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas [FANB] consistentes, legais, coesas, unidas como nunca antes, derrotando a tentativa golpista de traidores que se vendem pelos dólares de Washington”, disse.
“Estamos juntos outra vez, em marcha. Porque há que se despertar e avivar o fogo sagrado dos valores militares venezuelanos para o combate que estamos dando contra o imperialismo, os traidores e golpistas”, declarou.
O presidente venezuelano disse que “setores de direita” trataram de impor um governo “pela via das armas”, com respaldo norte-americano.
O mandatário afirmou que o futuro da Venezuela “não é a guerra”. “É a paz e a unidade para resolver os problemas que possam se apresentar. Estamos escrevendo uma história admirável, o mundo nos admira por nossa capacidade de resistência”, disse.
Maduro também disse que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, mente sobre supostos planos do líder venezuelano de deixar o país. Comentando as palavras do secretário de Estado dos EUA, a chancelaria russa, por sua vez, afirmou que Washington tentou desmoralizar o Exército da Venezuela e agora está usando fake news como parte da guerra informacional.
Tentativa de golpe
Em 30 de abril, o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, lançou a chamada Operação Liberdade para tentar retirar Nicolás Maduro do poder.
Em um vídeo publicado no Twitter, Guaidó apareceu ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó pediu uma “luta não violenta” e disse ter os militares do seu lado, mas não logrou sucesso ao tentar derrubar Maduro. López pediu refúgio na Embaixada da Espanha.
Maduro, por sua vez, disse que os principais comandantes militares mantêm a lealdade ao seu governo e pediu a “máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz.”
(*) Com Sputnik e teleSUR
EFE/Prensa Miraflores
Maduro participou de marcha militar em Caracas