Tropas leais ao marfinense Alassane Ouattara, dirigente reconhecido por toda a comunidade internacional como o vencedor das eleições presidenciais realizadas na Costa do Marfim no último mês de novembro, conseguiram entrar na capital Yamoussoukro nesta quarta-feira (30/03). As informações foram fornecidas por moradores da capital marfinense à rede britânica BBC.
As forças pró-Ouattara vieram da região norte do país e já teriam tomado a cidade de Soubre. Entretanto, boa parte de Abidjan, maior cidade do país, ainda se encontra sob o domínio de Gbagbo, que pode ter cedido pela primeira vez desde iniciado o conflito, caso se confirme seu pedido de cessar-fogo.
Ouattara reivindica o direito de assumir o poder, o que deveria ter ocorrido em janeiro, mas o presidente Laurent Gbagbo, que não conseguiu se reeleger, se recusa a deixar a Presidência.
Leia mais:
Obama pede para Gbagbo renunciar ao poder na Costa do Marfim
Ouattara é confirmado presidente da Costa do Marfim
Gbagbo pretende impedir retorno de presidente eleito à Costa do Marfim
União Africana discutirá crise política na Costa do Marfim com presença de Ouattara
ONU confirma pelo menos 365 mortos desde dezembro na Costa do Marfim
Tropas da ONU protegem presidente eleito da Costa do Marfim e podem entrar em confronto
Incidentes na Costa do Marfim deixam ao menos 19 mortos
Seguidores de Ouattara são reprimidos pela polícia na Costa do Marfim
Além de entrar em Yamoussoukro, as forças de Ouattara, que avançam vindas do norte, teriam conquistado também a importante cidade de Soubre. Existe a possibilidade de que as forças de Ouattara estejam marchando rumo ao porto de San Pedro, um grande centro exportador de cacau, o que permitiria acesso a uma rota de suprimentos e controle sobre vendas do maior produto de exportação do país.
O país está, de fato, dividido desde 2002, após uma guerra civil entre grupos rebeldes contra Gbagbo.Os rebeldes passaram a controlar militarmente o norte, enquanto o governo ficou com o sul.
Desde novembro, os conflitos se acirraram, os protestos de civis pedindo a saída de Gbagbo aumentaram. Cerca de 500 pessoas morreram e um milhão foram obrigadas a deixar suas casas.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL