Completando 20 anos desde a primeira edição, o Fórum Social Mundial (FSM) de 2021 começa neste sábado (23/01) e segue até o dia 31/01 de forma gratuita e online por causa da pandemia do coronavírus.
Neste ano, a tradicional marcha que inaugura o fórum será virtual, com exibição de vídeos enviados por movimentos e organizações sociais de diferentes partes do mundo, mostrando as ações e apresentações artísticas e culturais.
Segundo Rosy Zúñiga, integrante da organização do FSM, a celebração dos 20 anos do fórum é uma maneira de bater de frente “contra um sistema que nos reprime”, sendo o evento um “momento onde povos se unem para fazer denúncias e comemorar a vida”.
“A pandemia está colocando em evidência as desigualdades sociais do mundo. Necessitamos pensar e questionar nossos modelos de vida. Temos que nos colocar em prática, pois o mundo não vai esperar mais”, disse, em entrevista coletiva à imprensa.
A abertura da edição de 2021 deve contar com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis, com a ativista antiglobalização e escritora do Mali Aminata Dramane Traoré e outras personalidades,
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Abertura da edição de 2021 conta com a participação de diversas personalidades, uma delas é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
No dias de evento, a organização do FSM ainda preparou uma programação com painéis diários temáticos. O primeiro deles será o da paz e guerra, no qual mesas discutirão geopolítica, militarização e as migrações.
O FSM 2021 conta também com painéis sobre justiça econômica, feminismos, sociedade e diversidade, democracia, mudanças climáticas e outros. No dia 30/01, estão programada assembleias de movimentos sociais e, no domingo (31/01), serão realizada mesas para traçar as lutas sociais para o próximo período e a cerimônia de encerramento.
Toda a programação está disponível no site do fórum, onde também é possível se inscrever individual ou coletivamente para ter acesso ao evento.
Zúñiga defendeu que o fórum não seja apenas mais um encontro, mas uma “articulação global que tenha real efeito na realidade”. “Como fazer para que todas as lutas globais se conectem? É algo interseccional. Um fórum para a transformação. Denunciamos diversas formas para que as pessoas possam viver dignamente”, afirmou.