O conflito contra Israel e a luta pela libertação nacional do povo palestino serão os principais temas de discussão durante os próximos três dias no FSM (Fórum Social Mundial) Palestina Livre, ou FSMPL, que tem início nesta quinta-feira (29/11) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
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Cerca de três mil pessoas estão inscritas para participar do FSMPL. Ao todo, 36 países de quatro continentes estão representados. Ativistas, organizações, movimentos e intelectuais de dezenas de países estão inscritos para participar de conferências e atividades sobre diferentes temas relacionados à questão palestina.
Agência Efe (25/11)
Manifestantes pró-Palestina protestam contra recente ataque a Gaza. Marcha ocorreu em Madri, na Espanha, um dos países participantes do Fórum
Enquanto a maior parte da atenção mundial está focada nos esforços diplomáticos e na atividade das principais autoridades palestinas, este evento procura dar voz aos palestinos e árabes israelenses que convivem diariamente com a ocupação de Israel, aos refugiados que ainda lutam por seu direito de retorno e a movimentos internacionais que propõem críticas e formas de reivindicação. O Fórum pretende mostrar como essas diferentes pessoas lidam com uma política a qual consideram segregacionista e o que sugerem como solução.
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As dezenas de mesas de discussão contemplam esse esforço abrangente, mas também se unem em torno de três princípios fundamentais: o fim da ocupação e colonização israelense em todas as terras árabes, além da derrubada do muro; a garantia à igualdade plena dos direitos fundamentais dos cidadãos árabe-palestinos de Israel; e a implementação, proteção e promoção dos direitos dos refugiados palestinos para que esses possam regressar às suas casas e propriedades como está estipulado na resolução 194 da ONU.
As divergências também estão colocadas na mesa do FSMPL. Enquanto alguns defendem a solução de dois estados, outros são favoráveis à constituição de um único estado laico e democrático para abranger os dois povos. Enquanto alguns comemoram a iniciativa do presidente palestino, Mahmoud Abbas, de pedir o reconhecimento da Palestina nas Nações Unidas, outros apresentam críticas à sua proposta. Para os organizadores, o contraditório também contribuirá para construir o evento.