O processo na Justiça francesa que julgava o possível assassinato do líder palestino Yasser Arafat foi encerrado nesta quarta-feira (02/09) por falta de provas. Os juízes franceses do caso consideraram que os dados fornecidos por análises técnicas dos restos mortais de Arafat não eram suficientes para dar continuidade ao processo.
Agência Efe
Envenenamento do ex-líder palestino Yasser Arafat é descartado por juízes franceses como causa da sua morte em 2004
Amostras do cadáver foram examinadas por três equipes diferentes — uma francesa, uma russa e uma suíça — e os resultados não indicaram o alegado envenenamento por polônio-210, substância que é radioativa. Os franceses disseram que polônio não foi a causa da morte de Arafat, os russos não encontraram indícios da substância nas amostras e os suíços declararam que a tese do envenenamento é “mais coerente” com os resultados encontrados, mas que eles não são suficientes para comprovação.
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A investigação foi aberta em 2012 por conta de uma queixa movida pela viúva do ex-líder, Suha Arafat, após a presença de polônio ser descoberta em objetos pessoais de seu marido. Francis Szpiner, advogado de Suha, anunciou no Twitter a decisão dos juízes de descartar a denúncia.
Arafat, ex-presidente da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), morreu em 2004 na França e nenhuma autópsia foi feita à época. Um derrame é dado como a causa oficial, porém médicos franceses não conseguiram identificar o que o levou à morte.
*Com France Presse e Reuters