O presidente da França, Emmanuel Macron, se reuniu nesta quarta-feira (05/02) com seu homólogo argentino, Alberto Fernández, e anunciou o apoio francês ao plano de renegociação da dívida argentina proposto pelo mandatário peronista.
“França o acompanhará e se mobilizará com o FMI para ajudar a Argentina no caminho do crescimento e de uma dívida sustentável”, disse Macron ao receber Fernández no Palácio do Eliseu, em Paris.
O presidente argentino, que esteve nesta terça-feira (04/02) com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, e nesta segunda com Angela Merkel, chanceler da Alemanha, termina hoje uma série de viagens pela Europa em busca de apoio a seu plano de renegociar a dívida argentina. Além de França, Espanha e Alemanha, Fernández esteve na Itália e no Vaticano, onde se reuniu com o papa Francisco.
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“Quero te agradecer por visitar a Europa pouco tempo depois de sua pose. Estamos felizes em recebê-lo”, destacou o presidente francês.
Fernández, por sua vez, disse sentir “uma enorme alegria” por receber o apoio de Macron mesmo antes do início da reunião formal. “Resolver o tema da dívida é uma condição necessária para poder crescer e o FMI precisa saber disso”, afirmou o peronista.
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‘Resolver o tema da dívida é uma condição necessária para poder crescer e o FMI precisa saber disso’, afirmou presidente argentino
Antes da reunião com Macron, Fernández se reuniu com empresários franceses, onde também buscou apoio e apresentou a situação econômica do país herdada do governo neoliberal de Mauricio Macri.
A dívida argentina com o FMI, contraída pelo ex-presidente Mauricio Macri, chega a 57 bilhões de dólares, que vieram como empréstimo feito pelo próprio ex-mandatário. Meses antes de deixar o cargo, o governo Macri chegou a declarar moratória, adiando o pagamento de parte de sua dívida de curto prazo. Antes mesmo de assumir o cargo, Fernández já havia afirmado que tal quantia seria impagável pelo país e que apostaria na renegociação. Na última quarta-feira (29/01), o Congresso argentino iniciou o debate da lei proposta pelo governo para a renegociação da dívida, considerada prioridade pelo presidente.