O ministro de Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, assegurou que seu país reduzirá a presença militar no Mali para mil soldados, mas que, ao mesmo tempo, prepara um dispositivo “regional” para enfrentar a ameaça jihadista no conjunto do Sahel.
Le Drian fez a declaração em discurso para as tropas na cidade malinesa de Gao e divulgado nesta quarta-feira (01/01) por seu departamento.
O ministro vinculou esse anúncio com os planos para iniciar “uma lógica regional para enfrentar a ameaça jihadista no conjunto da região: no norte do Mali e no norte de Níger, mas também no sul da Líbia”.
Le Drian afirmou que este é o desafio da “ação dissuasória” da missão “Serval” que os militares franceses realizam no Mali junto com as tropas deste país, mas também com o apoio de Níger, Chade e Burkina Fasso.
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As autoridades francesas tinham afirmado de forma repetida que depois de expulsar os grupos extremistas que controlavam o norte do Mali com a operação lançada no início de 2013, sua intenção era reduzir sua presença para mil soldados, mas isso foi sendo atrasado sucessivamente.
O titular da Defesa francês disse a seus soldados em Gao que, embora a força da “Serval” tenha começado a diminuir, a “missão não terminou”, em primeiro lugar porque “o objetivo comum de luta contra o terrorismo deve nos levar a continuar a reconstrução das forças armadas do Mali”.
A esse respeito, reiterou que “a missão europeia de formação do Exército do Mali continuará seu trabalho com um número crescente de batalhões”.
Le Drian, que deve viajar para Chade e Níger, esteve acompanhado em Gao por seu colega malinês, Boubeye Maïga, com o qual trabalhou na renovação do marco legal de cooperação militar entre ambos os países.