A fabricante norte-americana de automóveis General Motors entrou com pedido de concordata hoje (1º), antes da abertura dos mercados de valores. A informação já tinha sido antecipada na noite de ontem por um alto funcionário da Casa Branca. A quebra da GM veio após a montadora não ter conseguido suficiente apoio de seus credores para eliminar 90% de sua dívida não assegurada, avaliada em 27,2 bilhões de dólares.
O governo americano dará à fabricante de automóveis 30,1 bilhões de dólares para se reestruturar e que a GM utilizará a seção 363 da Lei de Quebra para terminar sua reorganização.
O presidente Barack Obama, deve explicar hoje pouco antes das 12h local (13h de Brasília) a decisão, durante coletiva de imprensa. Pouco depois, o presidente da GM, Fritz Henderson,anunciará de Nova York que a empresa se viu forçada a recorrer à quebra ao não contar com o apoio do suficiente número de credores para reestruturar sua dívida.
Nova GM
Segundo explicou a Casa Branca, a reestruturação significará a criação de uma nova GM que comprará “substancialmente todos os ativos da velha GM que necessita para implementar seu plano de negócios”. Em troca, o governo americano “renunciará” a recuperar a maioria de seus empréstimos.
O governo americano receberá cerca de 60% do conjunto de acionistas da nova GM e direito a nomear os membros iniciais do conselho de administração.
Além disso, as autoridades canadenses (o governo federal e o da província de Ontário) emprestarão US$ 9,5 bilhões à empresa por isso que ostentarão 12% do conjunto de acionistas da nova GM e terão direito a escolher um membro do conselho de administração. Os 10% restantes irão para os credores com garantias para que possam assumir até 25%.
O funcionário da Casa Branca repetiu em várias ocasiões que “o governo americano não tem nenhum desejo de possuir participação acionária em empresas privadas mais tempo do que o necessário” e que o Departamento do Tesouro se desprenderá de sua participação na GM tão breve quanto seja possível.
Ele também advertiu que o Tesouro “não tem planos” para proporcionar mais ajuda financeira a General Motors além da nova injeção de capital de US$ 30,1 bilhões.
Demissões
A expectativa é de que a GM se torne mais enxuta, com a demissão de cerca de 20 mil funcionários nos Estados Unidos. Atualmente, a GM emprega 173 mil pessoas nos Estados Unidos, Canadá e México.
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