O governo brasileiro assumiu as buscas pelo avião da Air France que desapareceu, na madrugada de hoje (1º), a caminho de Paris. O avião decolou ontem à noite do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e desapareceu quando voava sobre o Oceano Atlântico.
Uma patrulha da Marinha deixou Natal, no Rio Grande do Norte, para auxiliar nas buscas e, de Salvador, saíram uma fragata, helicópteros e uma corveta para auxiliar nas buscas. A Marinha brasileira também fez contato com todos os navios mercantes que estão na possível rota do acidente para que se integrem às buscas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em El Salvador para a posse do presidente Maurício Funes, eleito pela Frente Farabundo Martí para Libertação Nacional, foi informado do acidente às 6h (9h em Brasília) pelo brigadeiro Francisco Josely, responsável pela área de Logística da Aeronáutica brasileira.
Como o último contato do Airbus A330 foi com Recife, o Brasil vai assumir as investigações sobre o acidente. Ainda hoje, o presidente Lula deve fazer um pronunciamento sobre o acidente.
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Sarkozy
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu ao governo e às administrações responsáveis que investiguem o que aconteceu com o voo da Air France. Em comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu, Sarkozy disse que pediu às autoridades “que coloquem todo seu empenho em seguir a pista do avião.
“Informado esta manhã da perda de contato com um Airbus A330 da Air France que cobria a rota Rio de Janeiro-Paris Charles de Gaulle, o presidente da República manifesta sua viva inquietação”, afirma o comunicado.
Sarkozy pediu “imediatamente” que o ministro do Desenvolvimento francês, Jean-Louis Borloo, que se deslocasse ao aeroporto, onde a companhia área habilitou uma área especial no terminal número 2 para receber parentes dos passageiros.
À tarde, o presidente fez uma visita às famílias dos passageiros do voo 447, mantidas em uma sala no aeroporto Charles de Gaulle. Ele e Lula se falaram por telefone quando o presidente brasileiro estava ainda em El Salvador. “Não sabia direito o que falar com Sarkozy, e ele não sabia direito o que falar comigo”, declarou Lula. “Nessas horas, não existe outra coisa a fazer a não ser lamentar profundamente. E desejar para a família muita força, porque, nessa hora, não existe palavra”, acrescentou o presidente.
Reportagem atualizada às 18h57
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