O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, confirmou nesta sexta-feira (22/07) que o governo alemão está adquirindo uma participação de 30% na empresa de energia Uniper, a maior empresa importadora de gás russo no país europeu.
Scholz afirmou que o Estado adquiriria a participação a um preço nominal de US$ 1,74 (R$ 9,50) por ação, acrescentando que também forneceria à empresa US$ 7,8 bilhões (R$ 42,5 bilhões) na forma de fundos semelhantes ao capital social, que é o valor investido por sócios e colocado à disposição da empresa.
Wir lassen niemanden alleine, denn die bereits beschlossenen Maßnahmen in Höhe von 30 Milliarden werden jetzt spürbar. Und wir entlasten weiter: Durch eine Wohngeld-Reform mit einer dauerhaft integrierten Heizkostenpauschale und dem Bürgergeld, das zum 1.1 kommen wird.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) July 22, 2022
Além disso, Scholz ordenou que as linhas de crédito, que funcionam como um empréstimo, do grupo bancário estatal alemão KfW para a Uniper fossem aumentadas dos atuais US$ 2,04 bilhões (R$ 11,1 bilhões) para US$ 9,19 bilhões (R$ 50,18 bilhões).
A intervenção do governo permitirá que a empresa permaneça ativa, apesar dos preços mais altos em meio à queda no fornecimento de gás da Rússia para os países da Europa ocidental.
Wikicommons
Redução dos fluxos de gás fez com que a Uniper fosse forçada a comprar gás no mercado a um preço muito mais alto para compensar a escassez
A redução dos fluxos de gás fez com que, em vez de poder contar totalmente com seus contratos de longo prazo a um preço fixo, a Uniper fosse forçada a comprar gás no mercado a um preço muito mais alto para compensar a escassez.
O ministro das Finanças da Alemanha, Robert Habeck, explicou que a medida, sugerida pelo governo e por especialistas da indústria por semanas, é uma tentativa de evitar uma “crise ao estilo do Lehman Brothers” – que originou a crise nos Estados Unidos em 2008.
Apesar da medida de resgate oferecida à Uniper, Scholz disse que ela não deve ser vista como um plano para um possível resgate de outras empresas de energia.
(*) Com Sputniknews