A emenda apresentada por parlamentares dissidentes ao projeto de reforma universitária do governo foi aprovada nesta quinta-feira (25/11) na Câmara dos Deputados da Itália. O governo se opunha à emenda apresentada pelo grupo do presidente da casa, Gianfranco Fini (ex-aliado do primeiro-ministro Silvio Berlusconi e atual líder do grupo Futuro e Liberdade para a Itália). A proposta recebeu 282 votos a favor, 261 contra e três abstenções.
Esta é a quarta vez, desde terça-feira (23/11), que a maioria governista não vota de forma unificada no debate sobre a reforma universitária. O projeto era defendido pela ministra da Educação, Mariastella Gelmini, que comentou que a emenda aprovada “não era particularmente negativa, mas se votarem emendas cujo conteúdo modifique substancialmente o sentido da reforma, então me veria obrigada a retirá-la”.
A perda por parte do bloco governista na votação da emenda da oposição ocorre às vésperas de ser votada a moção de desconfiança ao governo de Berlusconi. A proposta foi apresentada pelos oposicionistas Partido Democrata e IDV (Itália dos Valores) e será votada em 14 de dezembro.
Leia mais:
Quatro membros do governo de Berlusconi pedem demissão
Ou vocês acham que o governo Berlusconi durará para sempre?
Italianos protestam contra abertura de aterro sanitário em Nápoles
Manifestação contra política econômica de Berlusconi reúne milhares em Roma
Dívida pública da Itália cai para 6,1% do PIB
No mesmo dia, o senado avaliará, por sua vez, uma moção de confiança ao premier. Caso a moção de desconfiança seja aprovada, serão convocadas eleições antecipadas para um novo chefe de governo.
O mandato de Berlusconi estava previsto para acabar em 2013. Após a dissidência de Fini, que fundou o partido PDL (Povo da Liberdade) com o primeiro-ministro, o governo perdeu a maioria absoluta que detinha no parlamento, o que pode influenciar na aprovação das políticas e reformas nos próximos anos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL