O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em defesa da democracia na Guatemala, declarou na noite desta quinta-feira (06/07), que “eventuais irregularidades alegadas em alguns locais de votação são casos isolados incapazes de alterar” o resultado do primeiro turno das eleições no país da América Central.
A declaração do governo brasileiro decorre da decisão da Corte Constitucional e da resolução do Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala, adotadas neste domingo (02/07), que determinam uma revisão dos votos das eleições presidenciais realizadas em 25 de junho.
“O governo brasileiro acompanha com atenção o processo eleitoral em curso na Guatemala. Em conformidade com Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA), bem como com sua Carta Democrática, o governo brasileiro reafirma que a democracia representativa é elemento indispensável para a estabilidade, a paz e o desenvolvimento da região”, ressalta o comunicado.
Segundo o Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala (TSE), o pleito realizo no fim de junho para as eleições presidenciais na Guatemala havia levado duas candidaturas da esquerda para o segundo turno, a ser realizado em 20 de agosto: a empresária Sandra Torres, do partido de centro-esquerda União Pela Esperança (UNE), e Bernardo Arévalo, do Movimento Semente.
A´révalo protestou contra a decisão da Corte Guatemalteca, denunciando uma tentativa de “roubo das eleições”. “É hora de aceitarem a derrota, o povo já disse basta”, declarou o candidato.
Twitter/TSE Guatemala
1º turno para as eleições presidenciais na Guatemala havia levado duas candidaturas da esquerda para o segundo turno
Leia nota na íntegra
O governo brasileiro acompanha com atenção o processo eleitoral em curso na Guatemala, em especial os desdobramentos da decisão da Corte Constitucional e da resolução do Tribunal Supremo Eleitoral, adotadas no último final de semana, que determinaram a revisão da totalização dos votos do primeiro turno das eleições presidenciais pelas juntas eleitorais do país.
O governo brasileiro toma nota das conclusões da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos, que avaliou que eventuais irregularidades alegadas em alguns locais de votação constituem casos isolados, incapazes de alterar o resultado das urnas.
Em conformidade com Carta da OEA, bem como com sua Carta Democrática, o governo brasileiro reafirma que a democracia representativa é elemento indispensável para a estabilidade, a paz e o desenvolvimento da região.