Atualizada às 11h25
Agência Efe
Além de destruir acampamentos, governo egípcio anunciou “tolerância zero” à Irmandande Muçulmana
O Ministério da Saúde do Egito confirmou que ao menos 95 pessoas morreram e 874 ficaram feridas no Cairo durante a operação policial realizada nesta quarta-feira (14/08) para desmantelar os acampamentos dos seguidores do presidente deposto, Mohamed Mursi.
Já a Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Mursi pertenceu até sua chegada à presidência, disse que a ofensiva das forças de segurança deixou centenas de mortos e milhares de feridos entre seus seguidores.
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O Ministério do Interior egípcio confirmou que cinco dos mortos são policiais e que 28 agentes ficaram feridos.
Uma fonte do serviço de segurança disse à Agência Efe que as autoridades têm sob controle a praça Al Nahda, em Giza, onde havia um dos acampamentos dos islamitas. O outro fica na praça Rabea al Adauiya, no distrito de Cidade Naser.
Agência Efe
Fim dos acampamentos já estava previsto desde o início desta semana
A televisão estatal mostrou imagens de tendas de campanha destruídas e veículos abandonados em ambos os lugares. Também era possível ver policiais com equipamento antidistúrbios e colunas de fumaça nas praças.
Sem tolerância
Pouco depois da destruição dos acampamentos dos adeptos de Mursi, o atual governo do Egito anunciou que enfrentará com “toda a dureza e firmeza” os ataques contra propriedades públicas e delegacias.
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O porta-voz do Conselho de Ministros Sherif Shauqi leu um comunicado do Executivo no qual afirmou que perseguirão “os arruaceiros” para proteger as propriedades do povo. Além disso, o governo pediu à Irmandade Muçulmana que pare de estimular seus seguidores a prejudicarem a segurança nacional.
“O executivo atribuirá aos dirigentes dos Irmãos Muçulmanos a responsabilidade total de qualquer sangue derramado e de todo o caos e a violência atual”, advertiu o porta-voz.
Agência Efe
Irmanda Muçulmanda diz que centenas de pessoas morreram com ataques das forças de segurança nesta quarta
Além disso, insistiu que as autoridades seguirão adiante com o plano traçado para a transição, que contempla a realização de eleições antecipadas e a reforma da Constituição.
O Conselho de Ministros elogiou, além disso, o papel desempenhado pelas forças de segurança para aplicar a lei nas praças de Rabea al Adauiya e de Al Nahda, no Cairo, “o que se reflete no reduzido número de feridos”.
(*) com Agência Efe