A Grécia está paralisada devido a uma greve geral convocada pelas grandes centrais sindicais, em protesto contra as medidas de austeridade do governo para amenizar uma crise financeira sem precedente na história do país.
A partir da meia-noite em Atenas (19h de ontem em Brasília), os transportes aéreos e marítimos foram paralisados, assim como quase todos os serviços ferroviários. Os ônibus e uma linha de metrô funcionavam na capital grega para permitir aos grevistas comparecer às manifestações programadas pelos sindicatos no centro da capital a partir de meio-dia. Os taxistas não aderiram à greve.
Orestis Panagiotou/Efe
Aeroporto de Atenas não operou por falta de funcionários, assim como o metrô e os ônibus
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Outras cidades do país também têm manifestações programadas, em particular Salônica (norte), a segunda maior do país. A frente sindical do Partido Comunista Ultra Ortodoxo, o PAME, convocou protestos separados das centrais sindicais.
A greve deve provocar o fechamento das escolas, prédios públicos e tribunais. Bancos, hospitais e grandes empresas do setor público funcionavam a ritmo reduzido. O país também está privado das informações nas rádios e canais de televisão, já que o sindicado de jornalistas aderiu ao movimento e decidiu punir os membros em caso de não adesão. Os jornais não serão publicados na quinta-feira.
A Grécia está mergulhada numa enorme dívida fiscal e a situação do país pôs em xeque a estabilidade do euro. O déficit público é de 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) e investidores temem que o país não seja capaz de pagar suas dívidas, de mais de 16 bilhões de euros. No começo do mês, O Executivo anunciou um corte salarial de 20% para os funcionários e a redução do número dos funcionários públicos.
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