Estudantes e trabalhadores da educação que protestavam contra a reforma da Previdência durante a greve geral desta sexta-feira (14/06) foram atacados pela Polícia Militar (PM) nos arredores da Universidade de São Paulo (USP), na região oeste da capital. Eles caminharam pela avenida Vital Brasil, e fecharam cruzamento com a avenida Francisco Morato.
Segundo informações preliminares, 15 manifestantes foram detidos. Eles foram levados para a 34ª delegacia de polícia, no Butantã, e já estão acompanhados de advogados, que buscam a liberação.
A manifestação seguia pacífica e organizadamente, segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, quando os policiais iniciaram disparos de balas de borracha e bomba de efeito moral, ferindo diversos participantes.
“Não vamos nos intimidar com a repressão. A luta vai continuar. A reforma da Previdência ataca principalmente os trabalhadores mais pobres. Os estudantes estão com a gente na luta, porque sabem que vão ficar sem aposentadoria no futuro se aprovarem tudo o que eles querem”, afirmou Magno, em entrevista aos jornalistas Marilú Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual.
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Manifestantes caminharam pela avenida Vital Brasil, e fecharam cruzamento com a avenida Francisco Morato
Alexandre Pariol, servidor atingido no peito, também relatou a repressão. “Falava no carro de som sobre os ataques do governo Bolsonaro, estava um movimento pacífico e organizado. De repente a PM começou a atacar. Eram balas de borracha e bombas, que de efeito moral não têm nada. A intenção é ferir e machucar as pessoas.”
Além de engrossar a manifestação das centrais, na Avenida Paulista, na tarde desta sexta-feira (14/06), os trabalhadores e estudantes da USP defendem ocupar Brasília, como forma de conter a aprovação da ‘reforma’, e sugerem também realização de nova greve geral por tempo indeterminado.