Quatorze meses após o último encontro, o grupo 5+1 (formado por Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, mais a Alemanha) se reunirá com o Irã nesta semana em Genebra para retomar o diálogo nuclear, embora não sejam esperados resultados concretos, mas um compromisso real com as negociações.
A expectativa foi relevada na sexta-feira (3/12) pelo escritório da Alta Representante da União Europeia, Catherine Ashton, que será a chefe da delegação e que atuará em nome do 5+1.
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Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, declarou que com “uma vontade séria das duas partes, a reunião de Genebra poderá atingir os resultados esperados”.
O ministro avaliou os comentários da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que afirmou que os iranianos poderiam enriquecer urânio “caso demonstrassem que podem fazê-lo de forma responsável, de acordo com suas obrigações internacionais”.
Pouco depois, Said Jalili, negociador iraniano que liderará o diálogo de Genebra, afirmou que os direitos de seu país em matéria nuclear “não são negociáveis”, deixando sua posição clara antes do início das conversas.
Espera-se que Jalili mantenha reuniões não só com Catherine Ashton, mas também com algum dos representantes do 5+1.
Não se sabe se a delegação ocidental aceitará ou não a reivindicação iraniana de que as reuniões tratem de outros temas além do nuclear.
Dependendo dos resultados obtidos nas discussões desta semana, uma hipotética nova rodada seria realizada no início do próximo ano, para dar prosseguimento à primeira.
Neste domingo, o Irã anunciou que produziu seu primeiro lote de concentrado de urânio (yellowcake), que serve de base para a produção de urânio enriquecido, revelou o chefe do programa nuclear persa, Ali Akbar Salehi.
Em função do grau de enriquecimento, o urânio pode servir tanto como combustível para usinas nucleares quanto para a fabricação de armas atômicas.
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