No mesmo dia que o presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou medidas para tentar conter a crise econômica, a empresa Arte Gráfica Editorial Argentino (Agea), editora do jornal Clarín, demitiu 56 colaboradores.
De acordo com a comissão interna dos trabalhadores do Clarín, “o ajuste brutal não teve aviso prévio para os companheiros, e não estabeleceu nenhum tipo de diálogo com os representantes sindicais”.
Foram retirados de seus postos de trabalho 46 empregados do diário Clarín, dos quais 15 eram fotógrafos. Outros dez funcionários do jornal esportivo Olé perderam seus empregos.
“Os camaradas ficaram sabendo da situação quando chegaram à empresa e se depararam com uma cerca e agentes de seguranças privados que consultaram seu nome para autorizar ou não a entrada “, informou a comissão interna.
Os colegas dos funcionários demitidos de todas as redações entraram em greve até esta quinta-feira (18/04) à meia-noite. Os editores-chefes do jornal garantiram a saída tanto do Clarín, quanto do Olé.
“Estamos em greve por 24 horas no Clarín contra as 56 demissões evadas adiante com os métodos do medo: polícia, cercas, listas negras”, disse o jornalista Daniel Mecca no Twitter.
Desde 2016, a Agea já dispensou pelo menos 450 trabalhadores.
Há alguns dias, funcionários do jornal argentino informaram que também perderam 26% de seu poder de compra devido à inflação, que no ano passado atingiu 54,7%.
Reprodução/ @delegadosclarin
56 trabalhadores do setor de jornalismo foram demitidos do grupo Clarín.