O Conselho Latino-americano de Justiça e Democracia do Grupo de Puebla, que reúne 30 líderes progressistas de 12 países da América Latina, condenou a rejeição da candidatura do ex-presidente Evo Morales ao Senado da Bolívia.
Em nota publicada nesta quinta-feira (20/02), o grupo afirma que a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) é baseada “em argumentos debeis, que violam a legalidade constitucional e convencional em matéria de direitos civis e políticos”.
O TSE boliviano inabilitou a candidatura de Evo alegando que o ex-mandatário não cumpriu com 'requisito de residência permanente'. A candidatura do ex-chanceler Diego Pary também foi invalidada.
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O Grupo de Puebla ainda destaca que além do TSE violar os direitos políticos de Evo, “ignora o contexto especial de ruptura institucional que obrigou ambos os candidatos a abandonar o território boliviano para proteger suas vidas e gera uma desigualdade de tratamento ao Movimento ao Socialismo (MAS)”.
Wikicommons
EUA deram instruções
Nesta sexta-feira (21/02), Morales afirmou que sua inabilitação representava um golpe contra a democracia e que o governo dos Estados Unidos deu instruções ao TSE.
“Cumprimos todos os requisitos. Por instrução da embaixada dos Estados Unidos não aprovaram [minha candidatura]. Vamos seguir lutando por nossa soberania e dignidade”, disse o ex-mandatário.