O grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade) anunciou a decisão de completar seu processo de desarmamento “até o último arsenal” em comunicado divulgado neste sábado (01/03) pelo jornal local Gara.
No comunicado, o grupo extremista pretende garantir que “suas armas, explosivos e dispositivos” se encontrem “fora de operação.” No entanto, não menciona nenhum tipo de entrega de armas e exige “diálogos e acordos” para “superar as consequências do conflito, incluindo o desarmamento”, segundo o jornal El Pais.
Efe
Membros da Comissão Internacional de Verificação já haviam anunciado cessar-fogo do grupo independentista no dia 21 de fevereiro
A declaração reforça o anúncio feito no dia 21 de fevereiro pela Comissão Internacional de Verificação — que assegurou que o material já estava fora de uso — em Bilbao, no País Basco.
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O grupo separatista também pede melhores condições para seus presos, referindo-se à “cruel política penitenciária” a que seus membros são submetidos e à “urgência para acabar com as violações de direitos sofridos aos detentos. Aos seus olhos, os ataques e obstáculos ao processo podem condicionar gravemente a viabilidade da operação e exigem “responsabilidade” a todos os agentes envolvidos no acordo.
Wikicommons
Prometendo paz, grupo ETA exige independência para o País Basco; atentados já custaram a vida de pelo menos 850 pessoas
Fora da via armada desde 2011
No dia 20 de outubro de 2011, a ETA anunciou o fim definitivo da violência após 50 anos da luta armada pela independência do País Basco. Considerado uma organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, o grupo separatista não comete mais atentados na Espanha desde 2009, apesar de o governo espanhol ainda exigir sua dissolução.
O grupo independentista tem cerca de 550 detidos em prisões espanholas, além de 140 na França — país onde também se reivindica parte da região basca, embora com menos intensidade. Calcula-se também que a organização tenha cerca de cem foragidos e seja responsável por pelo menos 850 assassinatos.
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