O embaixador da Venezuela nas Nações Unidas, Samuel Moncada, afirmou nesta terça-feira (30/04) que o deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino, busca “sangue e comoção” ao incitar um golpe de Estado no país.
“Guaidó está mandando as pessoas serem carnes de canhão nas ruas, está buscando sangue, para ver se gera algum tipo de comoção que possa ser usada nos meios de comunicação”, disse o diplomata.
Moncada afirmou que o deputado permanece incitando as pessoas pelas redes sociais a irem às ruas enquanto fica “escondido em seu gabinete”.
“A parte militar do golpe acabou. Estamos dissolvendo as multidões que foram enganadas por estes senhores Guaidó e Leopoldo López”, disse o embaixador.
Moncada também destacou o fato de Leopoldo López, líder da oposição que estava em prisão domiciliar, ter pedido asilo político na embaixada do Chile.
“Leopoldo López está pedindo asilo na embaixada no Chile, não como vocês acabam de dizer que ele estaria indo para oeste [de Caracas], à frente de uma coluna, para conquistar… Sinto muito. Ele está escondido na embaixada do Chile”, afirmou.
EUA
O diplomata ainda classificou a tentativa de golpe como “uma ação muito perigosa, criminosa, apoiada pelo governo dos Estados Unidos. Isso demonstra que esse governo fantoche [de Guaidó] é um braço dos EUA”.
“EUA, sem problema algum, reconhecem que participaram abertamente da conspiração. É uma elite psicopata, belicista, que está usando todos os meios de comunicação com um bombardeio de fake news”, disse.
Moncada ainda assegurou a posição oficial do governo da Venezuela de que a tentativa de golpe fracassou e o presidente Nicolás Maduro seguirá no poder.
“Esta nova tentativa de intervencionismo das potências fracassou, já que a maioria do povo que viver em paz e soberania, afirmou.
Nas primeiras horas desta terça, o ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou que um grupo de militares se reuniu para tentar dar um golpe. O deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, afirmou que teria apoio dos militares para pôr fim ao que chamou de “usurpação” – ou seja, para tentar derrubar o governo de Maduro.
Agência Efe
Juan Guaidó discursa ao lado de Leopoldo López