Abdul Kadir, um dos guianenses acusados de planejar um atentado contra tanques de combustível que abastecem aviões no aeroporto John F. Kennedy de Nova York, foi condenado nesta quarta-feira à prisão perpétua, informou a Promotoria do Brooklyn.
Ele foi condenado a cumprir prisão perpétua por ter planejado um ataque que, se tivesse sido realizado, teria causado “a morte de várias pessoas e provocado grandes danos ao aeroporto e à economia de Nova York”, segundo a promotoria.
Kadir, que tem 58 anos, foi prefeito e parlamentar na Guiana. Ele foi preso em 2007 junto a Russell Defreitas, outro guianense naturalizado americano que tinha trabalhado nesse aeroporto. Os dois foram acusados de pertencer a uma “célula terrorista de extremistas muçulmanos” que preparava um ataque em Nova York. Desde janeiro de 2006, essa rede reunia fotografias e vídeos para cometer um atentado contra o movimentado aeroporto nova-iorquino e, no momento da detenção dos dois, o plano de explodir a rede de tanques de combustível que abastece os aviões do aeroporto estava em fase inicial.
Os dois guianenses foram declarados culpados em agosto por um júri de Nova York por cinco crimes relacionados com conspiração para cometer atos de terrorismo em solo americano. Segundo a Promotoria, Kadir tem “conexões com vários grupos no Irã e na Venezuela” e planejou o atentado, que teria sido idealizado por Defreitas.
“Os membros do plano tentaram conseguir o apoio de proeminentes grupos terroristas internacionais, assim como do Governo do Irã, de Abu Bakr, líder do grupo terrorista Jamaat Al Muslimeen, e de Adnan el Shukrijumah, um dos líderes da Al Qaeda”, acrescenta a promotoria.
Confissão
Durante o julgamento de nove semanas, Kadir reconheceu que transmitia regularmente informação às autoridades iranianas sobre “assuntos sensíveis” e se mostrou determinado a cumprir ordens das autoridades religiosas do país.
Kadir foi preso em junho de 2007 pelas autoridades de Trinidad e Tobago em um avião que se ia para a Venezuela com destino ao Irã, e foi extraditado aos Estados Unidos. Defreitas e Kadir atuaram junto a outros homens, entre eles Karim Ibrahim, de Trinidad e Tobago, que continua à espera de julgamento, e Abdel Nour, que se declarou culpado pelos crimes dos quais é acusado e está à espera da sentença.
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