O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, está no Japão para participar da reunião do Grupo dos Sete (G7), formado pelas seis maiores economias ocidentais (Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Itália) e pelo Japão.
A pauta do ministro tem três focos principais, segundo sua assessoria: reforçar a relevância do Brasil no cenário internacional, discutir reformas necessárias para a economia e criar laços com os países participantes. É a primeira vez que um ministro da Fazenda brasileiro participa como convidado de uma reunião do G7.
A agenda de Haddad começa nesta quinta (11/05), quando terá um café da manhã com empresários, em Tóquio, e uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, na cidade de Niigata, para discutir a reforma do Banco Mundial e outros temas de interesse bilateral.
A reforma do Banco Mundial, organização multilateral voltada para o financiamento de projetos de desenvolvimento, tem o objetivo de permitir uma resposta mais eficaz às necessidades dos países, além de envolver a instituição nas tratativas sobre temas como mudança climática, pandemias e conflitos.
Segundo afirmou Yellen recentemente, a mudança deve permitir à instituição emprestar US$ 50 bilhões a mais, na próxima década, aos países em necessidade.
Twitter/Fernandp Haddad – Foto de Diogo Zacarias
Esta é primeira vez que um ministro da Fazenda brasileiro participa como convidado de uma reunião do G7
As sessões oficiais do G7 começam na sexta (12/05), em Niigata, e Haddad tem presença confirmada em todas. A primeira mesa abordará o futuro do Estado de bem-estar social. A segunda discutirá a macroeconomia dos países emergentes e a terceira focará no desafio do financiamento, sobretudo na área de infraestrutura.
Além de Haddad, estarão presentes representantes de dois países emergentes (Índia e Indonésia), além de outros convidados: Austrália, Comores, Ilhas Cook, República da Coreia e Vietnã.
Durante a viagem, Haddad também terá encontros com o economista estadunidense Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel — sobre política industrial verde — e com os ministros das finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, e do Japão, Shunichi Suzuki.
Outro objetivo do ministro brasileiro é defender a importância do G20, do qual o Brasil será o próximo presidente. A organização reúne as maiores, e mais importantes, economias do mundo — 19 países mais um bloco, a União Europeia.
A reunião dos ministros de finanças antecede o encontro dos líderes dos países-membros do G7, marcado para o próximo dia 19, também no Japão, que contará com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.