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No dia 30 de maio de 1640, morre na Antuérpia o célebre pintor barroco holandês Peter Paul Rubens. Multifacetado, produziu obras consideráveis em diversos gêneros. Aceitou pintar um bom número de retratos, porém “de instinto mais inclinado aos grandes trabalhos do que às pequenas curiosidades”, realizou enormes projetos religiosos, pinturas mitológicas e importantes séries de imagens históricas.
Por sua erudição, era apreciado por diversas personalidades de seu tempo. Além do flamengo, falava francês, alemão, italiano, espanhol e latim. Chegou a compor uma importante missão diplomática e ostentou um status inigualável junto a seus contemporâneos.
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30/05/1913 – Termina a Primeira Guerra dos Bálcãs Nasceu na Vestfália, no Sacro Império Romano Germânico. Seu pai, Jan Rubens, era um próspero advogado protestante, que foi obrigado a deixar a Antuérpia com sua família devido a perseguições religiosas. Em 1589, dois anos após a morte do pai, Rubens e sua mãe retornam para a Antuérpia, onde se batizou como católico.
Entre 1589 e 1598, seria aluno de alguns dos mais eminentes pintores de sua época, como Adam van Noort e Otto van Veen. Seguindo conselhos de seus mestres, parte para a Itália e lá permanece de 1600 a 1608 para estudar as obras da Renascença. Se destacaria especialmente em Gênova, Mântua, Veneza e Roma, onde assimilou a estética das obras de Rafael, de Caravaggio e, sobretudo, de Tiziano. Foi dele que absorveu seu colorido vivaz.
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Foi pintor oficial da corte de Alberto e Isabel, regentes dos Países Baixos espanhóis, entre 1609 a 1621. Ingressaria na corte da Infanta Isabel em 1621 e, em 1636, se ligaria ao infante Ferdinando. Para recompensar seus esforços na negociação de um tratado de paz entre Espanha e Inglaterra, o rei Charles I outorgou-lhe o título de cavaleiro.
A maior de suas encomendas foi feito por Felipe IV da Espanha, que pediu 60 telas para seu pavilhão de caça, a Torre de La Parada. O conjunto seria conhecido como As Metamorfoses. Pode-se também citar a decoração da Galeria Médicis no Palácio de Luxemburgo, um ciclo decorativo sobre a vida da rainha da França e viúva de Henrique IV, Maria de Médicis, pintado entre 1622 e 1625.
No final do ano de 1635, Rubens iria pintar o Julgamento de Páris, inspirado a partir do Julgamento de Páris de Rafael. A única diferença foi que Rubens se baseou no reflexo da obra do pintor italiano em um espelho. Dessa obra é que se derivaria Demoiselles d'Avignon de Picasso.
Quando Maria de Médicis partiu para seu último exílio, foi Rubens quem a acolheu e a protegeu até o fim. Faleceria dois anos após a morte do pintor. Rubens adoeceria e padeceria lentamente em 1640. Foi sepultado na igreja de Sint-Jacobs de Antuérpia.
Não foi somente um artista de renome mas também um diplomata e um hábil negociador. Isso o fez uma personalidade conhecida por toda a Europa. Seu ateliê em Antuérpia mobilizava talentos muito diversos, como Frans Snyders, pintor de animais. Seus colaboradores mais importantes foram Jacob Jordaens e Antoine Van Dyck. Sua obra artística foi imensa, composta de um grande acervo de pinturas e desenhos.
Um de seus grandes admiradores, o famoso pintor Eugène Delacroix, chamava-o de “Homero da pintura”. Rubens encarna a primazia da cor na história da arte do século XVII. Nesse sentido, dá sequência às lições dos grandes venezianos, tornando-se um dos pintores mais importantes da arte mundial. Em um leilão de 10 de julho de 2002, na Sotheby’s de Londres, o quadro O Massacre dos Inocentes foi vendido por 61 milhões de euros ao inglês Lord Thomson.
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