O Museu Britânico é o repositório nacional para as relíquias da ciência e da arte. Localizado no distrito de Bloomsbury de Londres dispõe de seções de antiguidades, pinturas e desenhos, moedas e medalhas, etnografia. O local foi criado por um ato do Parlamento em 1753, quando a coleção de sir Hans Sloane, iniciada no século anterior e chamada de Gabinete das Curiosidades, foi comprada pelo governo, juntando-se à coleção Cotton e à biblioteca Harleian.
O museu foi inaugurado em 15 de janeiro de 1759 na Mansão Montague, porém a aquisição da biblioteca de George III em 1823 obrigou-o a se expandir. A primeira ala do novo edifício foi concluída em 1829, o quadrângulo em 1852 e o grande e abobadado Salão de Leitura em 1857, onde Karl Marx e Friedrich Engels passavam boa parte de seu tempo. Por decisão do Parlamento em 1973, a Biblioteca Britânica foi estabelecida como entidade separada do Museu, mudando-se para novas e completas instalações em 1997.
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Aquele foi o primeiro museu público do mundo. Dentre os grandes museus ingleses, é o único fundado simultaneamente com uma biblioteca, projeto semelhante ao magnífico museu de Alexandria, criado por Ptolomeu I, que era associado a mais valiosa biblioteca da antiguidade. Data da época em que a humanidade começava a reconhecer todas as potencialidades de um museu como instituição de educação geral e centro de pesquisas, muito mais que um repositório de raridades.
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A entrada principal do edifício
A iniciativa de criar foi de Sir Sloane, famoso médico nascido na Irlanda e presidente da Sociedade Real entre 1727 e 1740. Em seu testamento enumerou todos os itens de seu acervo pessoal e manifestou o desejo de oferecê-los à Coroa pelo valor simbólico de 20 mil libras esterlinas. Sem questionar, o Parlamento uniu-se à Igreja para reunir os recursos financeiros necessários para adquirir a coleção e um local para abrigá-la, tanto esta como a biblioteca cottoniana – que já havia sido adquirida em 1700. A sede encontrada foi a mansão de tijolos vermelhos, a Montague House.
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A coleção Sloane reunia mais de 69 mil itens, entre livros, manuscritos, medalhas, moedas, mapas, globos, desenhos, produtos naturais, artificiais e antiguidades. A partir do início do século XIX todo o acervo começou a ser reorganizado. A iniciativa fez com que diversas outras coleções fossem chegando, através de doações e aquisições. Paralelamente, o prédio também era ampliado e modificado. Com a reforma feita por Robert Smike entre 1823 e 1852, o prédio ganhava a forma de museu. Outra modificação importante foi feita entre 1878 e 1886 quando as pinturas a óleo foram transferidas para outras galerias nacionais, assim como as coleções de história natural, que foram reunidas no novo Museu de História Natural, em Kensington, perto do Hyde Park.
Diferentemente da prática adotada em outras instituições da Europa, não havia pagamento de entrada ou cobrança por qualquer serviço prestado pelo Museu Britânico. Sempre foi muito forte, também, a relação museu-biblioteca, visando facilitar o trabalho de pesquisadores, estudiosos e curiosos pois, segundo a filosofia do museu, todas as artes e ciências apresentam conexão entre si.
Além de recursos do Parlamento, o Museu Britânico sobrevivia graças a verbas provenientes do Fundo Nacional para Coleções de Arte, que recebia e administrava doações das associações de amigos de museus e galerias. Outras doações foram importantes para a sobrevivência desta instituição. Uma delas de Willian White, vizinho do museu, que deixou em testamento sua propriedade contígua para que fosse construída uma nova ala para a biblioteca do Museu Britânico. A biblioteca ganharia em 1963 um novo prédio. Em consequência, o museu também se expande, passando a ocupar o antigo espaço dos livros.
A coleção de pinturas e desenhos do museu é uma das mais finas do mundo. A coleção de história natural foi transferida para edifícios do Museu de História Natural. Uma dos mais célebres objetos em exposição na seção do Antigo Egito é o bloco conhecido como Pedra de Rosetta, fragmento de uma estela de granodiorito, cujo texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios decifrados pelo arqueólogo francês Jean-François Champolion em 1822. Há também uma vasta coleção de múmias egípcias dos tempos dos faraós bem como relíquias gregas que incluem os Mármores de Elgin e uma cariátide do Erechtheum, templo da Antiga Grécia construído na face norte da Acrópole de Atenas.
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15/01/1200 – É criada Universidade de Paris
15/01/1919 – A revolucionária Rosa de Luxemburgo é fuzilada em Berlim
15/01/1952 – Ilse Koch é condenada à prisão perpétua
15/01/1992 – A Croácia e a Eslovênia são reconhecidas pela Comunidade Europeia
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